Dificilmente o apoio irá além de 219,41 euros para os trabalhadores independentes, vulgo recibos verdes, que queiram recorrer ao “apoio extraordinário à redução da atividade económica”. O problema tem a ver com a forma de cálculo que é feito com base nas contribuições dos últimos 12 meses, já que muitos destes profissionais tiveram uma faturação perto de zero euros por causa da pandemia. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias (conteúdo pago).

No novo regime, apresentado a semana passada pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, o Governo reproduziu o modelo que já tinha usado no início da pandemia e que pode ir até aos 1.905 euros mensais, consoante os descontos dos 12 meses anteriores.

“É uma injustiça aplicarem-se as mesmas regras do ano passado, porque não faz sentido nenhum usar como referência um período de recessão económica em que muitas pessoas não tiveram descontos sequer”, defendeu Daniel Carapau, da associação Precários Inflexíveis, em declarações ao JN. À esmagadora maioria dos trabalhadores, concluiu,  “vai ser atribuído o valor mínimo do apoio, o que é manifestamente insuficiente para fazer face a todas as despesas que uma pessoa tem”.

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