O pico da segunda vaga da pandemia em Portugal terá tido lugar entre 18 e 21 de novembro de 2020; já o recorde de chamadas para a linha SNS 24, que presta aconselhamento médico por telefone a doentes Covid e não Covid e que, nessa altura, passou a emitir também declarações de isolamento, foi atingido durante todo o mês.

No total, foram 935.996 as chamadas feitas para o 808 24 24 24. Dessas, 120 mil ficaram por atender — em média, foram 4 mil por dia, 166,6 por hora. As pessoas que não ficaram sem resposta tiveram ainda assim de aguardar ao longo de 364 segundos (seis minutos) até ouvirem uma voz do lado de lá do telefone. As contas foram feitas esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias, a partir dos dados de 2020 disponibilizados no Portal da Transparência, e revelam que novembro foi o pior mês no que à taxa de atendimento do SNS 24 diz respeito: 87,68%, a mais baixa de sempre.

Comparada com abril, pico da primeira vaga da pandemia, a procura em novembro multiplicou-se 3,4 vezes, sendo que nessa altura 98,84% das chamadas para a linha SNS 24 foram atendidas. Ao longo de todo o período analisado pelo jornal, essa foi a taxa de atendimento mais elevada. Em dezembro, 97,58% dos telefonemas tiveram resposta; em outubro, 94,27% das 645 mil chamadas recebidas foram atendidas.

Depois de disparar em novembro, a procura diminuiu 42% em dezembro — foram 548 mil chamadas recebidas no total. Em plena terceira vaga da pandemia, esse número foi ultrapassado a 17 de janeiro deste ano, com o pico da procura a ser atingido entre 11 e 17 de janeiro. Só nessa semana, a linha SNS 24 recebeu 279.279 contactos.

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