A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai apresentar ao Ministério da Saúde, “ainda esta semana”, aquilo que diz ser “uma proposta de revisão da estratégia de testagem” para a nova fase de combate à pandemia. A informação avançada pela TSF e confirmada pelo Observador esclarece ainda que o objetivo desta revisão passará por “fomentar as ações de rastreio, bem como os testes a realizar a contactos de casos positivos de Covid-19″.
O anúncio desta reavaliação surge depois de Marta Temido ter dito na passada terça-feira que tinha pedido à DGS para estudar o tema e eventualmente alterar as normas em vigor. Depois da última reunião com os epidemiologistas, que reforçaram a necessidade de se fazerem mais testes, Marta Temido referiu que a DGS estava a reavaliar o possível alargamento dos critérios de testagem.”Neste momento, os testes são sobretudo preconizados para os contactos de alto risco e aquilo que pedimos que fosse avaliado tecnicamente era a possibilidade de o teste ser mais abrangente, independentemente do risco do contacto”, afirmou a governante.
Até ao dia de hoje (e desde 17 de julho de 2020), a norma da DGS previa a realização de testes “nos contactos de alto risco”, estatuto que por sua vez era definido por uma avaliação de risco feita pelas Autoridades de Saúde. Essa avaliação dava especial atenção às “situações de surtos” e a “pessoas com exposição prolongada” ao infetado infetado – “como, por exemplo, coabitantes”.
Em janeiro deste ano, Portugal chegou a ultrapassar “os 77 mil num determinado dia”, segundo a ministra. Marta Temido reforçou que era essencial “não deixar cair” esse valor, mesmo que se verifique um abrandamento da situação epidemiológica no país.