A Rivian é uma jovem empresa fabricante de veículos eléctricos. Montou a sua fábrica, concebeu um SUV (R1S) e uma pick-up (R1T) sobre a mesma base e, com isso, reuniu investimentos provenientes de empresas sólidas. Agora prepara o lançamento em bolsa, mas só depois de começar a entregar as primeiras unidades, o que vai acontecer em Junho e Agosto deste ano. Mas os especialistas de Wall Street já atribuem à startup um valor próximo dos 50 mil milhões de dólares, superior aos 44,7 mil milhões da Ford, que produz cerca de 5,4 milhões de veículos por ano.
Os responsáveis pela Rivian sempre procederam, até aqui, de forma consistente e sem aventuras que assustassem os investidores ou o mercado. Mais do que isso, não abriram o jogo até mostrarem trabalho feito, que é como quem diz, protótipos dos veículos que pretendem fabricar em massa perfeitamente funcionais, capazes de demonstrar o potencial da tecnologia com que desejam conquistar os clientes.
Our pilot production line is now running at our Normal, IL plant, bringing us another step closer to full production launch. Expect R1T deliveries to begin June 2021, with R1S deliveries beginning August 2021. pic.twitter.com/QXIt9jIFH1
— Rivian (@Rivian) July 24, 2020
Este comportamento foi devidamente apreciado, o que valeu ao promissor fabricante um investimento de 700 milhões de dólares da Amazon (que comprou igualmente 100.000 furgões comerciais para entregas), 500 milhões da Ford (para quem a Rivian está a desenvolver a pick-up F-150 eléctrica, além de um outro modelo para a Lincoln) e 350 milhões da Cox Automotive, além de investimentos de fundos de 1,3 mil milhões em 2019, 2,5 mil milhões em 2020 e, apesar de estarmos ainda em Fevereiro, 2,6 mil milhões em 2021.
Para a Bloomberg, a oferta pública inicial que a Rivian está a preparar para a segunda metade do ano tem tudo para ser um sucesso, capaz de posicionar o valor da empresa na casa dos 50 mil milhões de dólares, colocando um fabricante que nunca produziu um automóvel acima de outro, a Ford, que constrói mais de 5 milhões de unidades por ano. Mas a valorização de uma empresa cotada tem tudo a ver com confiança em lucros futuros e o mercado parece inclinado a confiar na Rivian.