Tal como prometido, a McLaren revelou o modelo que representará a sua incursão pela hibridização mais acessível. O construtor de Woking já deu provas da sua competência neste domínio no passado, com o P1, mas agora quer alargar a base de clientes com um coupé de tracção traseira destinado à produção em série: o Artura.

O novo híbrido plug-in britânico não desiludiu face à expectativa que a campanha de teasers pré-revelação foi alimentando. Recorde-se que o P1, quando foi lançado em 2013, tinha um preço de 886.000 libras, o equivalente a 1.018.740€ à cotação de hoje. Já o Artura será proposto no Reino Unido por valores a partir de 185.500 libras (cerca de 213.000€), confirmando que o construtor britânico está de facto apostado em oferecer superdesportivos mais amigos do ambiente, numa faixa de preços mais em linha com o orçamento dos seus clientes.

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Tal como previamente anunciado, o novo PHEV combina um novo V6 biturbo de 3,0 litros produzido pela Ricardo e que debita 585 cv e 585 Nm, mas este motor a combustão é apoiado por uma unidade eléctrica, tipo “panqueca”. Este “e-motor” contribui com mais 95 cv e 225 Nm, elevando a potência combinada para os 500 kW (680 cv) e 720 Nm. Curiosamente, a McLaren espera que os consumos e as emissões de CO2 homologadas para a nova mecânica rondem, respectivamente, os 5,6 litros e as 129g/km, longe pois dos 280g anunciados pelo V8 com o mesmo nível de potência.

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A unidade eléctrica é alimentada por um pack de baterias de iões de lítio distribuídas em cinco módulos com 7,4 kWh (úteis) de capacidade. Segundo a marca, numa ligação padrão, o acumulador é recarregável de 0 a 80% em 2h30, sendo que uma carga completa permite ao desportivo circular 30 km em modo exclusivamente eléctrico, condição em que a velocidade máxima está limitada a 130km/h.

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Uma das preocupações da McLaren foi garantir que a sua mais nova criação seria referencial em matéria de peso, razão pela qual a marca não se poupou a esforços para ganhar uns quilos.  O “truque” passa essencialmente pela plataforma, a chamada McLaren Carbon Lightweight Architecture (MCLA), base projectada de raiz com recurso a alumínio e fibra de carbono, para assegurar a máxima leveza. Os elementos-chave da electrificação também contribuem para manter o peso no mínimo, com a bateria a pesar 88 kg e o motor eléctrico 15,4 kg. Por seu turno, o V6 é mais leve que o habitual V8 da marca, acusando menos 50 kg quando colocado sobre a balança, com o ponteiro a apontar para um total de 160 kg. Tudo isto permite ao Artura reivindicar um peso-pluma de 1498 kg, praticamente o mesmo valor anunciado pelo McLaren 620R, que conta apenas com o V8 biturbo a gasolina, o que é decisivo para proporcionar as melhores performances.

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Com os motores de combustão e eléctrico associados a uma caixa de dupla embraiagem e 8 velocidades para a frente e nenhuma para trás (a marcha-atrás é exclusivamente eléctrica), o novo PHEV impressiona por ser apenas 0,2 segundos mais lento que o McLaren P1, anunciando que cumpre o sprint de 0 a 100 km/h em escassos 3,0 segundos. A velocidade máxima está limitada a 330 km/h, enquanto o P1 teoricamente atingiria 384 km/h.

Quanto ao upgrade tecnológico, a Mclaren alinha pelas mais recentes tendências, daí que estreie um novo sistema de infoentretenimento e ofereça de série vários assistentes à condução. Porém, a funcionalidade que corre o risco de vir a ser mais apreciada pelos futuros compradores é o Variable Drift Control integrado no novo software de telemetria – com a ressalva, claro, que se destina a um uso exclusivamente em pista.