No seguimento do desentendimento de dois deputados dos Açores devido ao RSI, o líder do Chega, André Ventura, vai apresentar uma moção que tem como objetivo que temas específicos e bandeiras do partido passem a estar consagrados nos estatutos e nos documentos políticos fundamentais do partido.
Ao Observador, o líder do Chega revelou que vai apresentar uma moção intitulada “Valores perpétuos do Chega”, na III Convenção do Chega, para que “questões como o RSI, os ciganos (minorias) e a prisão perpétua sejam consagradas nos estatutos ou nos documentos políticos fundamentais do partido, para não dependerem de direções nacionais ou regionais circunstanciais”.
A situação dos Açores espoletou o tema, com Carlos Furtado, líder regional, e José Pacheco, secretário-geral dos Açores, a desentenderem-se publicamente sobre o RSI. José Pacheco fez uma publicação no Facebook do Chega/Açores intitulada “Chega contra aumento Rendimento Social de Inserção (RSI) nos Açores” e Carlos Furtado apagou-a e justificou, também na rede social, que “o Chega, como qualquer outro partido com representação na Assembleia Regional, tem a obrigação de contribuir para a resolução deste problema e não apenas criticar por criticar”.
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Se Ventura já ia viajar para o arquipélago no âmbito das eleições autárquicas, o problema entre os dois deputados tornou-se central, não ficou resolvido numa primeira reunião e, como avançou o Observador, o líder do partido admitia mesmo afastar Carlos Furtado. O líder do Chega/Açores acabou sair pelo próprio pé, ao demitir-se mas, de acordo com a agência Lusa, pretende voltar a candidatar-se, devendo esta disputa ser entre os dois deputados do partido.
André Ventura já confirmou que vai reunir com a direção nacional para que se desencadeie o processo de eleições no Chega/Açores.
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