Como marca autónoma, a Cupra ainda tem uma história relativamente recente, mas a Seat está convencida que o seu fabricante mais virado para a dinâmica e a performance tem muito espaço para evoluir e contribuir, cada vez mais, para os resultados da companhia. Prova disso é que o el-Born surgiu como um concept da Seat, assente na plataforma MEB do Grupo Volkswagen, mas desde logo o eléctrico equivalente ao Volkswagen ID.3 começou a reclamar um pendor mais desportivo, o que se veio a confirmar com o anúncio de que, afinal, seria produzido com a insígnia da Cupra. O Born, nome definitivo, chegará às estradas ainda este ano, mas já tem confirmada companhia para breve: o Tavascan vai avançar.

Igualmente assente na plataforma MEB do Grupo Volkswagen, o Cupra Tavascan vai ser desenvolvido em Barcelona, para chegar aos mercados internacionais dentro de três anos, em 2024. Ou seja, cinco anos após o seu surgimento como concept no Salão de Frankfurt.

O presidente da Seat, Wayne Griffiths, fala de “um sonho tornado realidade” e, na conferência de imprensa anual da companhia espanhola, avançou que o departamento de Investigação e Desenvolvimento em Martorell já está a trabalhar no futuro automóvel de série, estando neste momento a equipa de engenharia a receber formação para adquirir mais competências no domínio da electrificação e, assim, consolidar as bases para o desenvolvimento do produto.

Recorde-se que o Tavascan, quando surgiu em 2019 no certame germânico, destacou-se pelas linhas vincadamente mais desportivas (e arrojadas) do que as do Volkswagen ID.4, com o qual partilhará os “órgãos” vitais, da arquitectura aos motores e baterias. Ainda que, na altura, a marca o assumisse como um protótipo, nunca foi segredo que a vontade dos espanhóis era receber luz verde para avançar com o projecto e conceber a versão de série com o mínimo de alterações face ao concept.

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O Tavascan Electric Concept montava dois motores, um por eixo para lhe assegurar tracção integral, a debitar uma potência combinada de 306 cv. A energia que o impulsiona é armazenada numa bateria de iões de lítio com 77 kWh de capacidade (a maior que a MEB pode acolher), permitindo-lhe estimar uma autonomia de 450 km entre recargas, de acordo com o ciclo WLTP.

Segundo Griffiths, o lançamento do Cupra Born e o aumento da oferta de versões híbridas plug-in vão permitir atingir as metas de emissões de dióxido de carbono, em 2021, para não incorrer em penalidades. Por outro lado, as previsões para este ano vão no sentido de que a Cupra deverá vender o dobro de 2020, passando assim a representar 10% do volume total da Seat, ao invés dos actuais 5%.