A antiga sede do Instituto da Mobilidade e Transportes, em Lisboa, vai acolher um centro de investigação nas áreas das ciências sociais e humanas e tecnologia, que deverá começar a funcionar em 2023 com 400 investigadores, foi esta quinta-feira anunciado.
O anúncio foi feito em comunicado pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, promotor do projeto, que tem um custo de 12 milhões de euros que cobre as obras (iniciadas no início de março) de remodelação do edifício situado no campus universitário da Avenida das Forças Armadas, e propriedade do Iscte, e a instalação de equipamentos tecnológicos e sistemas informáticos.
O Iscte — Conhecimento e Inovação, apresentado como um “centro de valorização e transferência de conhecimento”, vai agregar oito unidades de investigação, 10 laboratórios e três observatórios da instituição que estão dispersos no campus universitário, devendo começar a funcionar com os primeiros 400 investigadores (de um total que pode ultrapassar os mil) no início de 2023.
A nova estrutura científica estará vocacionada para a prestação de serviços a empresas, organizações e serviços públicos e, segundo a reitora do Iscte, Maria de Lurdes Rodrigues, citada no comunicado, pretende “contribuir para o desenvolvimento económico do país, recolhendo e interpretando informação crucial, quer para decisões de investimento de entidades privadas, quer para a definição de políticas públicas”.
Maria de Lurdes Rodrigues adiantou, em declarações à Lusa, que o centro vai procurar responder “aos desafios” da sociedade, nomeadamente no domínio da transição digital, “melhorar as condições de trabalho colaborativo” entre as unidades de investigação e laboratórios do Iscte e “contrariar a tendência de desvalorização” do conhecimento produzido pelas ciências sociais e humanas, que, com esta estrutura, passam a estar articuladas com as tecnologias.
Parte do investimento do Iscte no centro de investigação (cerca de cinco milhões de euros) é suportado por fundos europeus do Portugal 2020. O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa em outubro de 2019.