O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, deu este sábado o “exemplo” e foi vacinado contra a covid-19, para “motivar e incentivar” a população a tomar a vacina.

Tenho de dar o exemplo como Presidente da República. Como sabem há muita desinformação sobre as vacinas. Portanto, se for eu, o Presidente da República, a dar o exemplo, é uma forma também de motivar e incentivar a população a tomar a vacina”, afirmou o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas depois de ter recebido a primeira dose da vacina Astrazeneca – com a segunda dose prevista para junho -, que serviu para assinalar o lançamento oficial da campanha de vacinação contra a covid-19 na Guiné-Bissau.

“Há pessoas de risco e penso que a estratégia que estão a utilizar é vacinar as pessoas idosas, as pessoas mais expostas, nomeadamente dos setores da saúde, segurança e defesa, essa é a estratégia da alta-comissária para a Covid-19”, salientou.

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O Presidente guineense pediu à população para se vacinar, para ter mais imunidade à doença. “Já contraí covid e – eu sei o que é a covid – penso que é muito importante as pessoas vacinarem-se”, afirmou.

A Guiné-Bissau recebeu a 22 de março 12.000 doses de vacinas contra a covid-19, no âmbito de uma parceria público-privada entre uma empresa de telecomunicações e a União Africana.

Ao país devem chegar ainda este sábado mais uns milhares de doses doadas pelo Senegal. A Guiné-Bissau aguarda também a chegada de 120.000 doses da vacina Astrazeneca no âmbito do Covax, mecanismo de distribuição universal e equitativa de vacinas contra a covid-19 cogerido pela OMS.

O Banco Mundial prevê apoiar a Guiné-Bissau para a cobertura de cerca de 15% da população, prometendo o Covax fornecer vacinas para cerca de 20% da população.

A Guiné-Bissau aprovou o uso de três vacinas, homologadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), contra a infeção provocada pelo novo coronavírus, nomeadamente a Pfizer/BioNTech, Astrazeneca/Oxford e AstraZeneca do Serum Institute da Índia.

O país regista mais de 3.600 casos de infeção pelo novo coronavírus, que já provocou a morte a 63 pessoas.