A Alfa Romeo estava preparada para revelar o Tonale em Outubro, o SUV compacto ligeiramente mais pequeno do que o Stelvio, que será proposto por valores mais acessíveis. Mas o novo CEO da marca, Jean-Philippe Imparato, que até à criação da Stellantis dirigia a Peugeot, não considera que a versão com mecânica híbrida plug-in (PHEV) esteja à altura dos pergaminhos da marca.
A decisão de Imparato vai fazer derrapar a apresentação do Tonale um mínimo de três meses, a fazer fé nas informações provenientes dos fornecedores da marca, pelo que apenas no início de 2022 poderá ser adquirido o modelo de entrada na gama de SUV da Alfa Romeo. A Automotive News confirma o atraso, sendo contudo de estranhar que o construtor italiano não tenha aproveitado para avançar com as versões equipadas com motores diesel ou gasolina, atrasando apenas o PHEV, que promete ser o mais vendido da gama, pelo menos na Europa.
O Tonale, cujas linhas definitivas deverão ser muito próximas do protótipo apresentado no Salão de Genebra de 2019, o que fará dele uma proposta muito apelativa, é concebido sobre a mesma plataforma do Jeep Compass, outro produto da FCA, hoje Stellantis. Além da plataforma, usa igualmente as mecânicas, ou seja, monta um motor 1.3 sobrealimentado, disponível em dois níveis de potência, com 130 ou 180 cv, que depois é completado com um ou dois motores eléctricos, sendo um mais pequeno dentro da caixa de velocidades e um segundo, com 60 cv, instalado no eixo traseiro para a assegurar a tracção integral 4xe.
Comparado com a Peugeot, que Imparato conhece bem, o Compass é 20 kg mais pesado e se o motor a gasolina na versão mais possante perde 20 cv, é nos motores eléctricos que surgem as maiores diferenças, com a Jeep a montar uma unidade com 60 cv, bem abaixo dos 110 cv do sistema PHEV das marcas da antiga PSA. Contudo, montar motores eléctricos mais potentes e oferecer uma autonomia aceitável é um desafio que vai exigir algum tempo e muito trabalho.