Oitenta pessoas foram identificadas na noite de sábado, na Cova da Moura, concelho da Amadora (Lisboa), por violação das regras do estado de emergência, informou a PSP no domingo. As autoridades recorreram a “uma intervenção tática” para travar agressões contra os agentes, a quem foram atiradas pedras e garrafas.
“Foram elaborados 80 autos de notícia por contraordenação no âmbito do incumprimento das restrições do estado de emergência, em particular a inobservância do dever geral de recolhimento domiciliário” e “a não utilização de máscara na via pública por falta de distanciamento físico adequado”, salientou a PSP.
Na nota divulgada, a força de segurança adiantou ter decorrido, pelas 23h00 de sábado, uma operação policial “de grande envergadura” para fiscalizar o cumprimento das normas do estado de emergência, “devido às inúmeras festas ilegais que têm ocorrido nas últimas semanas onde se concentram centenas de pessoas na via pública a ingerir bebidas alcoólicas, a perturbar o descanso e sossego dos moradores e a infringir as normas estabelecidas”.
Segundo a PSP, foi dispersada a concentração “de centenas” de pessoas, mas a força policial frisou que algumas não abandonaram o local voluntariamente e “reagiram de forma agressiva e violenta com arremesso de pedras e garrafas de vidro”. No comunicado, é ainda referido que esse comportamento obrigou a “uma intervenção tática” para fazer parar as agressões, “recorrendo inclusive ao emprego de meios de baixa potencialidade letal”.
De acordo com a PSP, verificou-se novo arremesso de objetos quando “dezenas de indivíduos” foram posteriormente encaminhados para o exterior do bairro, “para se proceder à fiscalização em melhores condições”, o que originou uma “nova ação policial visando cessar as agressões e garantir a integridade física de todos os intervenientes”.
Da operação resultou a identificação de uma pessoa com ferimentos ligeiros numa perna.
Durante a ação policial foi ainda feita uma detenção por tráfico de estupefacientes, levantado um auto de notícia por falta de habilitação legal para conduzir e falsificação de documentos e feitas duas notificações para abandonar o país no prazo de 20 dias a cidadãos que se encontram ilegalmente em território nacional, segundo a nota emitida pela PSP.