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Morreu aos 90 anos Michael Collins, astronauta da missão que levou o Homem a pisar a Lua pela primeira vez

Este artigo tem mais de 3 anos

O astronauta ficou em órbita em redor da Lua durante a missão Apollo 11, que incluía Neil Armstrong e Buzz Aldrin. Estação norte-americana NPR chama-lhe "o astronauta esquecido".

Michael Collins Studying Flight Plans
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O austronauta durante o treino para a missão Apollo 11, que teve sucesso em fazer aterrar pela primeira vez o homem na Lua

Bettmann Archive

O austronauta durante o treino para a missão Apollo 11, que teve sucesso em fazer aterrar pela primeira vez o homem na Lua

Bettmann Archive

Morreu esta quarta-feira com 90 anos o astronauta Michael Collins, um dos três elementos da tripulação que participou na histórica missão Apollo 11, que levou o homem a pisar pela primeira vez a Lua. A rádio pública norte-americana — National Public Radio — chama-lhe “astronauta esquecido”. Isto porque, ao contrário de Neil Armstrong e Buzz Aldrin, Michael Collins não pisou espaço lunar nessa missão. Ficou, ao invés, em órbita em redor da Lua.

A família de Michael Collins já publicou uma declaração oficial em que se lê: “Lamentamos informar que o nosso querido pai e avô faleceu hoje, depois de uma batalha valente contra o cancro. Passou os seus últimos dias em paz, com a família a seu lado. O Mike enfrentou sempre os desafios da vida com graça e com humildade e enfrentou este, o seu último desafio, do mesmo modo”.

Vamos sentir terrivelmente a falta dele. Ainda assim, sabemos também o quão sortudo o Mike se sentia por ter tido a vida que teve. Vamos honrar o seu desejo de que celebrássemos a sua vida em vez de nos lamentarmos. Por favor juntem-se a nós lembrando com alegria e com carinho a sua inteligência aguçada, o seu silencioso sentido de missão e propósito e a sua lucidez ganha tanto de olhar de volta para a Terra a partir do local vantajoso do espaço quanto da visão tinha em águas calmas a partir do convés do seu barco de pesca”, refere ainda o comunicado.

The crew of Apollo 11, 1969.Artist: NASA SPACE-MOON-FIRST STEP-RETURN-QUARANTINE

A tripulação que levou pela primeira vez o homem à Lua

The Print Collector/Print Collector/Getty Images

NASA lamenta perda e recorda epíteto de “homem mais solitário da história”

A NASA também já emitiu um comunicado lamentando a morte do astronauta, assinado pelo seu administrador Steve Jurczyk. “Hoje, o país perdeu um verdadeiro pioneiro e um defensor ao longo da sua vida da exploração [espacial], Michael Collins. Enquanto piloto do módulo de comando da Apollo 11 — alguns chamavam-lhe ‘o homem mais solitário da história’ —, enquanto os seus colegas caminhavam pela Lua pela primeira vez, ajudou a nossa nação a conseguir um marco definidor. Também se distinguiu no Programa Gemini e como piloto da Força Área”.

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Steve Jurczyk prossegue o seu comunicado defendendo que Michael Collins foi sempre “um promotor incansável do espaço” e recordou uma frase sua: “A exploração não é na verdade uma escolha, é um imperativo”. E cita ainda outra declaração atribuída a Collins: “O que ficará digno de registo é saber que civilização nós, habitantes da Terra, criámos e se nos aventurámos ou não em outras partes da galáxia”.

Os feitos com a sua própria assinatura, os seus escritos sobre as suas experiências e a sua liderança do Museu Nacional do Ar e do Espaço ajudaram a dar uma exposição maior ao trabalho de todos os homens e mulheres que ajudaram a nossa nação a superar-se até à grandeza na aviação e no espaço. Não há dúvida que inspirou uma nova geração de cientistas, engenheiros, pilotos-teste e astronautas”, lê-se ainda na declaração.

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Michael Collins fotografado em 2019

ERIC BARADAT/AFP via Getty Images

O comunicado termina com o administrador da NASA a lamentar “a perda deste bem sucedido piloto e astronauta, um amigo de todos os que procuravam testar os limites do que estava ao alcance dos humanos. Quer quando o seu trabalho estava a ser feito nos bastidores quer quando estava exposto, o seu legado será sempre o de um dos líderes que levaram os primeiros passos dos americanos para o cosmos. E o seu espírito irá connosco sempre que nos aventurarmos até horizontes mais distantes”.

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