A controvérsia em torno dos festejos do título do Sporting, que se transformaram numa noite de violência, continua a adensar-se à medida que novas informações vêm a público numa tentativa de explicar qual era o plano e o que falhou.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato Nacional de Oficiais da Polícia, o comissário Bruno Pereira, a PSP deu um parecer negativo à instalação de uma fan zone da Juve Leo junto ao estádio do Sporting e propôs à Câmara Municipal de Lisboa um plano alternativo que envolvia o controlo de segurança dos adeptos no estádio e no Marquês de Pombal, em Lisboa.

Um plano pouco planeado. O que falhou na noite em que os sportinguistas saíram às ruas (quase) sem regras?

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Em declarações à TVI24, Bruno Pereira explicou que o evento da Juve Leo junto ao estádio foi “montado ao abrigo do direito de manifestação”, algo que para o sindicato é “um bocadinho desajustado com aquele que é o alcance do diploma”.

O comissário acrescentou que a PSP fez um parecer técnico com alertas relativos ao projeto da claque — que incluía a instalação de um ecrã gigante para a visualização do jogo em direto e que tinha potencial para, como se verificou, atrair milhares de pessoas. “Esse parecer foi dado à Câmara Municipal e não foi dada qualquer resposta”, disse à TVI24 o agente.

Em simultâneo, a PSP apresentou ao Governo e à DGS uma proposta alternativa que incluía um controlo de segurança dos adeptos quer no estádio quer no Marquês de Pombal, mas a proposta submetida pela força de segurança não foi aceite. Terá sido, considerou Bruno Pereira, “descartada em detrimento de outra proposta”.