Uma má notícia para alguns, uma boa notícia por más razões para outros – entre os quais Miguel Oliveira. Após a confirmação do cancelamento do Grande Prémio da Finlândia ainda devido à pandemia e a aposta no Grande Prémio da Estíria, onde conseguiu a primeira vitória no MotoGP em 2020, o português lamentou que o Mundial tenha de voltar a fazer rondas duplas no mesmo circuito pela ausência da prova escandinava mas mostrou-se ao mesmo tempo contente com a solução encontrada pelas boas memórias da pista de Spielberg.

Miguel Oliveira retoma regularidade, faz melhor resultado do ano e fica a um lugar do primeiro top 10 de 2021 em Espanha

“Ficámos contentes com a notícia. Esperamos que o Campeonato se mantenha o mais estável possível e se possam manter as previsões de fim de Campeonato sobretudo. Resta-nos manter a esperança em alta e fazermos o nosso trabalho, qualquer que seja o circuito”, assumiu o piloto da KTM à agência Lusa, num início de fim de semana que começou com essa boa notícia e teve prolongamento com o desempenho da moto em pista, que permitiu a Miguel Oliveira andar sempre a rodar entre os primeiros e conseguir de forma natural a Q2.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Depois de ter terminado as primeiras duas sessões de treinos livres com o sexto melhor tempo combinado, com 1.40,852 de manhã em pista molhada e 1.32,296 com pista seca, o português conseguiu confirmar essa passagem direta com o quarto melhor registo da terceira sessão de treinos livres (1.41,457) apenas atrás de Marc Márquez (1.40,736), Lorenzo Savadori (1.41,349) e Francesco Bagnaia (1.41,452), confirmando aquilo que parecia ser uma quebra de tempos por parte da Yamaha em relação ao que tem vindo a acontecer nas últimas semanas. Em contrapartida, Brad Binder, companheiro de equipa na KTM, não foi além do 21.º posto pelo 11.º lugar na Q1, onde estavam também em posições modestas os dois pilotos da Tech3, Danilo Petrucci e Iker Lecuona.

Miguel Oliveira tinha em aberto todas as condições para conseguir a melhor qualificação do ano, no Grande Prémio de Portugal, a única prova em que conseguiu a entrada na Q2. E foi isso que aconteceu, acabando no décimo lugar depois de ter sofrido uma queda no primeiro setor numa fase onde se preparava para tentar melhorar um registo que na altura chegava para o sexto posto e consequente saída da segunda linha da grelha. Na frente, e naquela que foi a grande surpresa do dia que chegou na última volta lançada, Fabio Quartararo e Maverick Viñales conseguiram os dois melhores pela Yamaha, superando não só a Ducati de Jack Miller mas sobretudo as Honda de Marc Márquez, Pol Espargaró e Takagami que estiveram sempre a andar bem.

Desta forma, o português vai sair da quarta linha da grelha de partida, tendo a seu lado Lorenzo Salvadori e Luca Marini, ao passo que na primeira estarão Quartararo, Viñales e Miller. Morbidelli conseguiu também uma surpreendente quarta posição, à frente de Zarco e das Honda de Marc Márquez, Takagami e Pol Espargaró. Já Joan Mir, o campeão em título, vai partir do 14.º lugar, enquanto o atual líder do Mundial, Pecco Bagnaia, sai da 16.ª posição. Valentino Rossi também esteve em destaque com o nono melhor tempo.