O FC Porto, ou mais concretamente a FC Porto SAD, convocou para esta terça-feira uma conferência de imprensa com o objetivo de abordar o novo quadro financeiro da sociedade azul e branca, que na véspera aumentou o empréstimo obrigacionista que tinha lançado na semana passada de 35 para 70 milhões – e batendo o recorde da maior subscrição de oferta pública de uma SAD em Portugal. “Ultrapassaremos os 50 milhões de euros hoje, seguramente”, disse o administrador Fernando Gomes, garantindo que o empréstimo obrigacionista que se encontra ainda por liquidar, de 35 milhões a 4,25% de taxa de juro (menos 0,5% do que agora), será pago até 7 de junho, conforme previsto, não havendo necessidade por parte dos dragões de lançar nova operação.

Paga 70, emite 35, aumenta para 70: FC Porto prepara maior empréstimo obrigacionista em Portugal (e só faltam 22 milhões)

“A qualificação para a Champions era um objetivo para ter tranquilidade financeira. Para atingirmos a saída do fair play financeiro, havia duas variáveis possíveis: a transferência definitiva do Danilo ao PSG, se ficasse em primeiro ou em segundo lugar, o que vai acontecer, e o Vitinha [Vítor Ferreira] ter a transferência definitiva para os Wolves, se ficassem na primeira divisão, o que também já aconteceu”, adiantou Fernando Gomes. Todavia, e com o presidente portista Pinto da Costa na sala, houve margem para se falar de outros pontos do quotidiano do clube, nomeadamente a renovação de Sérgio Conceição que continua ainda sem novos dados.

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FC Porto reforça estatuto de terceira equipa com mais presença na Champions – e Sérgio tem novo registo conseguido

“A próxima época já está a ser pensada, naturalmente. Tira-nos a pressão, para além dos dois jogadores já falados [Danilo e Vitinha], de estar com a necessidade de ceder qualquer outro jogador que não queiramos ceder. Sobre a renovação do Sérgio Conceição, já foi dito que falaríamos disso no final do Campeonato. Ainda não acabou, embora já esteja definida a classificação, o último jogo é encarado com a mesma seriedade que todos os outros. Depois disso vamos falar”, destacou o líder dos azuis e brancos, que abordou também a saída de Marega para o Al Hilal: “Não, não tem nada a ver com o corte salarial. Tinha um salário alto, vai ganhar cinco milhões limpos em três anos, isso ao FC Porto custaria 30 e tal milhões de euros e era algo inviável para nós”.

Empréstimo obrigacionista para reforçar a equipa? Não, não, isso é para a gestão corrente, para normalizar as contas, para se consumar a saída do fairplayfinanceiro”, salientou.

Por fim, e num dia marcado pelo regresso dos adeptos aos estádios em Inglaterra (o Manchester United-Fulham teve 10.000 espectadores nas bancadas), Pinto da Costa falou também da ausência de público também na última jornada, ao contrário do que estava previsto. “Não estou tão otimista. Ia haver o regresso dos adeptos mas depois já não. Mas neste estádio já vai haver adeptos no Dragão mas antes já não haverá na Taça. Na cabeça de certas pessoas, sem o mínimo de lógica, tudo é expectável de acontecer. Ainda hoje vi anúncios no Porto desde Os Azeitonas à Ana Moura, num recinto fechado. Não sou psiquiatra, não tenho qualquer explicação…”, disse.