O jornalista que seguia a bordo do avião da Ryanair que foi intercetado este domingo por autoridades bielorrussas, quando viajava da Grécia para a Lituânia — e que foi depois detido —, terá confessado crimes que cometeu no país ao organizar “manifestações em massa”, num vídeo filmado numa prisão e divulgado pelas estações de televisão estatais da Bielorrússia.

Roman Prostasevich, que tinha fugido para o estrangeiro por enfrentar uma pena de morte no seu país, aparece agora num vídeo divulgado pelas estações de televisão bielorrussas, no qual confessa os crimes.

No vídeo, o jornalista que é também blogger, ativista e conhecido crítico do regime de Alexander Lukashenko, garante que está bem de saúde e que está a ser bem tratado na prisão em que se encontra, em Minsk. Como notam os analistas e repórteres internacionais, não se sabe ainda se as declarações são livres e sentidas ou se foram impostas pelas autoridades bielorrussas.

O regime de Alexander Lukashenko garante que o avião foi desviado apenas porque uma ameaça de bomba motivou a intervenção. Segundo as autoridades bielorrussas, a milícia palestiniana Hamas terá sido a autora da ameaça que terá sido dirigida exatamente ao avião que transportava um jornalista e ativista há muito procurado pela Bielorrússia.

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As autoridades internacionais condenaram veementemente o incidente e os líderes europeus estão reunidos esta segunda-feira e esta terça-feira em Bruxelas, para discutir possíveis sanções à Bielorrússia.

“Escândalo”, “pirataria de Estado”, “sequestro”. As reações ao desvio do avião, a defesa da Bielorrússia e as sanções da UE