A Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real deteve dois médicos e sete agentes funenários, em Bragança, por suspeitas de crimes de corrupção, falsificação de documentos, recebimento de vantagem indevida e falsidade informática.

Em comunicado, a PJ revelou que a operação “Rigor Mortis” realizou 29 buscas domiciliárias e não domiciliárias que resultaram na detenção de seis homens e três mulheres entre os 38 e os 67 anos, durante uma operação realizada esta segunda-feira em várias localidades de Bragança.

Os dois médicos em causa, delegados de saúde, “terão emitido e entregue a agentes funerários várias dezenas de certificados de óbito e respetivas guias de transporte de cadáveres, sem praticarem os atos médicos que lhes competia legalmente e mediante contrapartida financeira”.

Em conferência de imprensa, a Polícia Judiciária confirmou que “há mais pessoas envolvidas”. “É uma situação muito grave porque o princípio da segurança no sistema de saúde é posta em causa por esta intervenção”, explicou o responsável, frisando que sempre que existe a emissão de um certificado de óbito sem a presença de um médico no local corre-se “o risco de ter situações em que haja mortes em que possa ter havido intervenção de terceiros sem que seja verificado conforme a lei impõe”.

Os detidos vão ser presentes às Autoridades Judiciárias competentes, para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.

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