Tanto o grupo Luz Saúde como a CUF e a Lusíadas Saúde terminaram 2020 com prejuízos. De acordo com o Público, o primeiro fechou o ano com resultados negativos de 16,3 milhões de euros, enquanto a CUF registou menos 23,8 milhões e a última menos 18,5 milhões de euros. As contas de três dos maiores grupos privados de saúde no país foram afetadas pela pandemia, tendo sobretudo em conta a redução da atividade assistencial nos primeiros meses do ano passado.

No grupo Luz Saúde, o “resultado líquido consolidado negativo de 16,3 milhões de euros”, tal como consta no Relatório e Contas 2020, contrasta com o resultado positivo de 16,7 milhões de euros face ao ano anterior. Na CUF, “o resultado líquido consolidado do exercício de 2020 foi negativo em 23,8 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 52,8 milhões de euros face ao período homólogo (positivo em 29,0 milhões de euros)”, lê-se também no respetivo Relatório Integrado 2020. Já na Lusíadas Saúde, o prejuízo de 18,5 milhões de euros de resultado líquido negativo compara com os 9 milhões positivos de 2019.

Nas contas pesam também os hospitais geridos em parceria público-privada (PPP) — Hospital Beatriz Ângelo (Loures), no caso do grupo Luz Saúde, Hospitais Vila Franca de Xira e Braga, tendo em conta a CUF, e o Hospital de Cascais, no caso da Lusíadas Saúde. O primeiro grupo fez um pedido fundamentado de reequilíbrio financeiro ao Estado, sendo que a CUF sinalizou a mesma vontade. O mesmo deverá ser apresentado pela Lusíadas Saúde.

Apesar do acréscimo de alguns gastos e da redução da atividade assistencial nos primeiros meses de 2020, a qual foi difícil recuperar, todos os grupos mantiveram os respetivos planos de investimento — 67,9 milhões de euros no caso da Luz Saúde, 96,8 milhões para a CUF e 25 milhões de euros face à Lusíadas Saúde —, que incluíram a criação de novas unidades, a expansão de outras e a atualização de tecnologias.

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