O Presidente da República colocou-se ao lado do Governo na escolha de Pedro Adão e Silva para comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974. Enquanto passeava pelas ruas de Câmara de Lobos, na Madeira — onde se encontra no âmbito das comemorações do 10 de Junho, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que esta foi uma escolha do Governo, mas acrescentou: “Com o meu aval“.
O Presidente da República disse mesmo que este é um “historiador, um politólogo atento à realidade contemporânea do país” e uma escolha “muito consensual“.
Marcelo Rebelo de Sousa admite que Pedro Adão e Silva é mais consensual no centro-esquerda do que à direita, mas disse não ver razão para que o comentador seja “questionado” quer “em termos de competência, de qualificação ou de conhecimento da realidade portuguesa”.
O Presidente da República desvalorizou a polémica dizendo que “democracia significa que não há duas opiniões iguais sobre ninguém” e reiterou que não vê qualquer “razão substancial para não exercer essa função”.
Mesmo admitindo que Adão e Silva ainda é jovem, o Chefe de Estado recordou, por exemplo, que há militares de Abril noutra estrutura, o que garantirá alguma representatividade na preparação das cerimónias.
Marcelo disse ainda concordar com a forma como a estrutura de comemorações está montada, lembrou que da sua inteira responsabilidade é a escolha de Ramalho Eanes para presidir às comemorações e passou por cima da questão sobre as vantagens que Pedro Adão e Silva terá no cargo que vai ocupar.