Os alemães da Mercedes, tradicionalmente vistos como um dos construtores tradicionais mais conservadores, estão agora decididos a impor-se pela ousadia e rapidez de decisão. Em relação à mobilidade eléctrica, não apostaram em plataformas específicas para carros a bateria para serem mais rápidos a propor ao mercado uma gama completa de veículos zero emissões. Os especialistas afirmam que esta solução não é tão eficiente, mas a Mercedes compensa com acumuladores de maior capacidade e o resultado é surpreendente, como parece ser o caso do EQS.

Mercedes dá uma lição aos rivais alemães com o EQS

Agora, depois de surpreender com os seus veículos eléctricos a concorrência, sobretudo a europeia, a marca alemã prepara-se para repetir a dose com a relação comercial que mantém com os seus concessionários. Começou por vender as grandes concessões que ainda controlava, realizando capital, para agora se preparar para alterar radicalmente a relação com os seus representantes junto dos clientes. Também aqui o motivo principal parece ter sido reduzir os encargos com a rede de vendas, e se muitos construtores estão a tentar baixar os valores pagos aos concessionários, apostando na possibilidade de comercializar os veículos, total ou parcialmente, através do online, tudo indica que a Mercedes pretende liderar o processo, pelo menos na Europa.

Segundo afirmações do CEO Ola Kallenius à Automotive News, a Mercedes está a desenvolver um novo sistema para vender os seus veículos. O construtor decide o preço e as concessões são pagas por cada veículo que vendem. Certamente ficará mais barato para a marca, mas não vai continuar a ser possível manter o mesmo nível de exigência ao nível da qualidade e dimensão das concessões, nem a grandiosidade das respectivas decorações. A menos que a Mercedes adopte a solução da Tesla e passe a possuir as suas próprias lojas, mas isso não está em linha com as mais recentes decisões do construtor germânico.

Kallenius revelou que já foram implantados projectos-piloto na Suécia e na África do Sul, confirmando que ainda não estão definidos os países seguintes na lista. Contudo, garante que será natural que a estratégia seja adaptada aos restantes mercados, mesmo aos de maiores dimensões.

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