Warren Buffett, presidente e chefe-executivo da Berkshire Hathaway, uma empresa norte-americana que detém mais de 60 empresas, renunciou esta quarta-feira ao cargo de curador da Fundação Bill e Melinda Gates — uma das principais e mais ricas organizações sem fins lucrativos do mundo, que pretende lutar contra a pobreza, as doenças e a desigualdade. Buffett, amigo de longa data de Bill Gates, não explicou a razão da sua decisão.

“Durante anos fui curador — um curador inativo — de apenas um destinatário dos meus fundos, a Fundação Bill e Melinda Gates”, disse o empresário em comunicado, citado pelo The New York Times. “Agora estou a renunciar ao cargo, assim como fiz em todos os conselhos corporativos, exceto o da Berkshire.”

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Warren Buffett deixou metade da sua fortuna na fundação nos últimos 15 anos  — que está estimada em 105,3 mil milhões de dólares (o equivalente a 88,29 mil milhões de euros), segundo a Forbes. A instituição é uma das cinco organizações sem fins lucrativos às quais o empresário prometeu doar 99% da sua riqueza. Para isso, Buffett anunciou ainda uma doação no valor de 4,1 mil milhões de dólares (o correspondente a 3,44 mil milhões de euros) . O investidor já doou, desde 2006, mais de 41,5 mil milhões de dólares (34,83 milhões mil milhões de euros) em ações da Berkshire — onde 32,7 mil milhões (27,45 mil milhões de euros) foram para a Fundação Gates.

“Ao longo de muitas décadas, acumulei uma soma quase incompreensível simplesmente por fazer o que adoro fazer”, continua o comunicado. “A sociedade tem uso para o meu dinheiro, eu não”, explica.

A Fundação Gates é uma instituição que integra 1.600 funcionários e gera cinco mil milhões de dólares em doações anuais para 135 países. No entanto, a fundação tinha apenas três curadores — Buffett, Gates e Melinda French Gates — e a saída de Buffett chega num momento incerto para a fundação, pouco mais de um mês do anúncio do divórcio entre Bill Gate e Melinda Gates.

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