O Mundial de 2018 acabou por ser uma competição atípica para as seleções europeias, que em 14 representantes teve apenas três trocas de treinadores no final da prova. Aliás, duas, porque no caso da Espanha havia Fernando Hierro, um bombeiro de serviço que veio substituir Julen Lopetegui a dois dias da estreia com Portugal. De resto, saiu Heimir Hallgrímsson da Islândia e Age Harelde da Dinamarca. Nada mais. Bem menos do que no Europeu.

Em 2016, 37,5% dos selecionadores saíram, não renovaram ou foram dispensados depois da fase final, entre  Anghel Iordanescu (Roménia), Roy Hodgson (Inglaterra), Leonid Slutsky (Rússia), Mykhaylo Fomenko (Ucrânia), Vicente del Bosque (Espanha), Pavel Vrba (Rep. Checa), Marc Wilmots (Bélgica), Antonio Conte (Itália) e Erik Hamrén (Suécia). E agora, como será? Tudo aponta para que o número desça mas já rolaram cabeças. 

Para já, existem apenas três certezas entre as saídas. Joachim Löw, qualquer que fosse o resultado da Alemanha na prova, iria deixar a Federação sabendo que terá como sucessor o antigo treinador do Bayern, Hansi Flick. Já Igor Angelovski, técnico da Macedónia do Norte, termina contrato e não irá prolongar o vínculo. E agora foi Frank de Boer a ser dispensado pelos Países Baixos depois da eliminação nos oitavos com a Rep. Checa. São três confirmações a que se juntam ainda algumas dúvidas, a principal das quais na França onde Didier Deschamps tem contrato até 2022 mas o nome de Zinedine Zidane, que saiu do Real Madrid, é cada vez mais apontado ao comando dos bleus. Uma coisa é certa: o número de saídas em comparação com 2016 deve ser menor.

Dispensados

  • Alemanha, Joachim Löw – já tinha acertado saída, será substituído por Hansi Flick
  • Países Baixos, Frank de Boer – saiu depois do Europeu
  • Macedónia do Norte, Igor Angelovski – acaba contrato e não vai renovar

Em dúvida

  • França, Didier Deschamps – tem contrato até 2022 mas não é certo que fique
  • Polónia, Paulo Sousa – português tem contrato até 2022, falhou no Europeu mas deve continuar
  • Turquia, Senol Günes – apesar da deceção no Europeu, deve continuar na qualificação para o Mundial
  • Rússia, Stanislav Cherchesov – o desempenho no Europeu foi considerado insuficiente e deve sair
  • País de Gales, Rob Page – vai continuar como interino enquanto o contrato de Ryan Giggs está suspenso
  • Escócia, Steven Clarke – tem contrato mas existe ainda a hipótese de sair para assumir outro projeto
  • Eslováquia, Stefan Tarkovic – apesar de não ter passado da fase de grupos no Europeu deve continuar

Garantidos (ou à partida garantidos)

  • Portugal, Fernando Santos – tem contrato até 2024
  • Itália, Roberto Mancini – tem contrato até junho 2026
  • Inglaterra, Gareth Southgate – tem contrato até 2022 e vai estender esse vínculo
  • Espanha, Luis Enrique – apesar do mau início do Europeu que o colocou em perigo deve continuar
  • Bélgica, Roberto Martínez – tem contrato até 2022, só estará em causa se Bélgica cair nos quartos
  • Suíça, Vladimir Petkovic – tem contrato até 2022 e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Dinamarca, Kasper Hjulmand – tem contrato até 2024 e vai ficar até ao próximo Europeu
  • Croácia, Zlatko Dalic – tem contrato até 2022 e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Suécia, Jan Andersson – tem contrato até 2022 e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Rep. Checa, Jaroslav Silhavy – tem contrato e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Hungria, Marco Rossi – tem contrato e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Ucrânia, Andriy Shevchenko – tem contrato e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Áustria, Franco Foda – tem contrato até 2022 e fará pelo menos a qualificação para o Mundial
  • Finlândia, Markku Kanerva – tem contrato até 2022 e fará pelo menos a qualificação para o Mundial

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR