Ao longo do tempo, Diana tornou-se numa figura maior do que a vida. Passaram quase 25 anos após a sua morte e, no dia em que celebraria o 60.º aniversário, continua a ser um nome presente e atual, com a imprensa britânica a questionar-se sucessivas vezes como seria a vida — e a relação — de William e Harry se a mãe ainda estivesse entre eles. A tensão familiar tem feito correr muita tinta e esta quinta-feira marca também o reencontro entre os irmãos que, separados fisicamente por um oceano, voltam a estar juntos após o funeral do avô Filipe, em abril último, para revelar uma estátua em homenagem à mulher que ficou conhecida como a “princesa do povo”.

Streetwear, tricórnios e o vestido da vingança. Diana, 40 anos de um ícone de estilo

Diana perdeu o título de “Sua Alteza Real” após o divórcio com Carlos, apenas finalizado em agosto de 1996, sensivelmente um mês antes de morrer num trágico acidente de viação num túnel em Paris, França, na sequência de uma perseguição intensa por parte dos paparazzi. Caiu o título real concedido após o casamento, mas ficou aquele emprestado pelo público, depois das sucessivas demonstrações de Diana para com o povo: não são raras as fotografias em que surge debruçada sobre crianças no meio da rua ou a falar animadamente com desconhecidos. Mas mais importantes foram os projetos de caridade em que esteve envolvida, revelando ter um papel especialmente importante na desmistificação do vírus do HIV numa altura em que este ainda era pouco compreendido: estava a década de 1980 a acabar quando Diana é fotografada a apertar as mãos de um doente com sida sem usar quaisquer luvas, um passo importante para a consciencialização de como a doença era e não era transmitida.

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Foi há 20 anos. Afinal, o que falta saber sobre Diana, a princesa do povo?

Em fotogaleria assinalam-se os momentos que mais marcaram a sua curta vida e que, de certa forma, ficaram para a história: desde caminhar sobre um campo de minas em Angola para despertar para o problema — três meses após a sua morte, 122 países assinaram o Tratado de Ottawa, proibindo o uso, produção, armazenamento e transferência de minas antipessoais — à forma como procurou reformular a sua imagem após um mediático divórcio, o que inclui naturalmente a noite em que usou o conhecido “vestido da vingança” e a polémica entrevista à BBC que, tanto tempo depois, continua a estar na ordem do dia, ganhando laivos de comparação com a entrevista dos Sussex a Oprah.