A EDP está a liderar um consórcio que tem o objetivo de avaliar a viabilidade de uma nova plataforma no mar (offshore) para produção de hidrogénio verde com recurso a energia eólica, foi esta terça-feira anunciado.

A EDP, a TechnipFMC e outros parceiros de investigação estão a unir esforços para desenvolver um estudo conceptual para avaliar a viabilidade técnica e económica de uma nova plataforma offshore para produção de hidrogénio verde com recurso a energia eólica”, informou a empresa, em comunicado.

Além da EDP, que é a coordenadora do projeto Behyond, através da participação da EDP NEW e da EDP Inovação, fazem parte do consórcio a TechnipFMC, “uma empresa líder no desenvolvimento de projetos e soluções de engenharia offshore, os centros de investigação CEiiA — Centro de Engenharia e Desenvolvimento, o WavEC-Offshore Renewables e a Universidade do Sudeste da Noruega.

Segundo a elétrica, o novo projeto vai incluir a integração de equipamentos para produção e condicionamento de hidrogénio verde e uma infraestrutura que permita o seu transporte até à costa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O objetivo, esclareceu, é estudar a viabilidade de um “conceito único que possa ser implementado em todo o mundo e padronizado para todos os usos finais, permitindo a produção de hidrogénio verde em grande escala a partir de energia eólica offshore“. O projeto foi escolhido para ser apoiado pelo Programa Crescimento Azul, do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), “pelo seu caráter inovador“, esclareceu a EDP.

“O projeto Behyond vai permitir à EDP adquirir conhecimento para entrar em novos mercados com claras sinergias com o negócio atual. […] Precisamos de agir agora, em colaboração com a melhor tecnologia e parceiros de I&D [investigação e desenvolvimento], para enfrentar todos os principais desafios técnicos e empresariais”, apontou a administradora executiva da EDP, Ana Paula Marques, na mesma nota.

De acordo com a Estratégia Europeia para o Hidrogénio, a necessidade de produção de hidrogénio verde na Europa poderá representar 24% da procura de energia em 2050, o que, segundo a EDP, exigirá o desenvolvimento em grande escala de soluções de produção de hidrogénio com recurso a energias renováveis, tanto em terra como em alto mar.