Messi está a poucos dias de ter novamente clube. Não, não se trata de uma transferência chocante para o milionário PSG ou um reencontro com Guardiola no também bastante endinheirado Manchester City. O astro argentino está a poucos dias de ter clube, que, sem grandes surpresas, será o mesmo: o seu Barcelona.

O contrato será de cinco anos, segundo o L’Esportiu, e as cifras envolvidas anunciadas são já praticamente unânimes em toda a imprensa desportiva espanhola.

Com a liga espanhola a apertar o cerco devido aos limites salariais, Messi deverá aceitar um grande corte no ordenado. Por grande, entenda-se enorme. Vai receber… 50% do que ficou acordado no contrato assinado em 2017. Segundo alguns jornais, a quebra poderá ser mesmo superior a metade, situando-se então o ordenado em 20 milhões de euros líquidos nesta temporada. Isto acontecerá de modo a que o Barcelona cumpra as regras, o que não implica que o jogador possa receber uma soma bastante avultada como prémio de assinatura.

A realidade do Barça não é diferente da de tantos outros clubes devido à Covid-19 e Messi resolveu dar o exemplo. Como figura máxima e capitão, o número 10 compreendeu o contexto bastante específico e diferente que se vive no Mundo, abdicando de uma boa soma de dinheiro para continuar na Catalunha.

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As contas do futuro salário de Messi têm, contudo, altos e baixos. Depois da temporada de “apenas” 20 milhões de euros, a época seguinte prevê uma subida no ordenado. No final desse ano, o argentino poderá, ao que tudo indica, terminar contrato. Decidindo ficar no Barcelona, o salário vai diminuindo progressivamente nas três épocas seguintes, ao invés da estratégia que o clube tem adotado: pagar mais nos últimos anos.

Messi fica livre e é o “rei” dos sem contrato. No impasse, pode o Barcelona vender camisolas?

O Barcelona estará, no entanto, bem ciente de que Messi não jogará com as mesmas cores até aos 39 anos. O plano, que não é de agora, deverá passar por uma ida aos EUA. Mas aqui as opções apresentadas são várias. Uma, é o jogador terminar a carreira em solo norte-americano, muito provavelmente no Inter Miami; outra, é terminar o contrato ao fim de duas temporadas e tornar-se, por exemplo, embaixador do clube, também nos EUA.

Embora possa surpreender que um jogador do calibre de Messi aceite um contrato menor ao anterior (este situar-se-á num total de 200 milhões de euros), a realidade do Barcelona torna a questão bastante lógica. O clube está atualmente, devido às tais regras e limites salariais da La Liga, a tentar “livrar-se” de alguns jogadores, como Pjanic e Umtiti, por exemplo, e até de Griezzman, que pode estar prestes a regressar ao Atletico Madrid. O francês tem um ordenado bastante alto, não é influente em Camp Nou como seria de esperar, e a sua saída seria uma espécie de alívio para os cofres blaugranas.

Onde os jornais espanhóis discordam é no valor da cláusula de rescisão, mas é quase certo que esta não se manterá nos 700 milhões de euros e vai baixar para outro valor. Os advogados e representantes de Messi e do Barcelona estão a ultimar os detalhes do contrato que até já poderá estar nos escritórios da liga espanhola para ser aprovado.

Independentemente do formato, o que interessa aos adeptos do Barcelona é que continuarão a ser bafejados pelo perfume do futebol de Messi, pelos golos e assistências, pelas fintas e toque de génio. É um amor que dura desde 2000 e continuará nos próximos tempos.