Gustavo Ribeiro sonha em trazer uma medalha para Portugal na estreia do skate em Jogos Olímpicos, sabendo que isso o contribuirá também para concretizar a firme vontade de ser o mais virtuoso de todos nesta modalidade.

“O meu primeiro campeonato foi quando tinha seis anos e aos oito passei a levar as coisas mais a sério e a querer ser o melhor do mundo. Sempre tive isso na cabeça e desde aí que trabalho para que esse dia chegue“, disse à Lusa o desportista que recebeu a primeira prancha quando tinha cinco anos, no Natal.

O skateboarder de Almada confia que lutar pelo ouro na disciplina de street [rua] o pode ajudar ainda a “tentar elevar” o skate português a nível internacional, “colocando-o no mapa“. Apesar de integrar a elite internacional, Gustavo Ribeiro entende que “há sempre margem” para evoluir, nomeadamente na forma de encarar este desporto e a competição.

“O meu ponto forte é a minha consistência e a cabeça. Um dos pontos sempre a melhorar é a tua cabeça e como vês as coisas. Podes ser um atleta muito bom, mas se não tiveres cabeça e foco, deitas muitas coisas a perder”, considerou. Em 22 de maio último, um acidente em prova nos Estados Unidos resultou em lesão no ombro que o obrigou a parar e condicionou o resto da época: não está “ainda a 100%“, porém continua “muito confiante“. “Quando vais para os Jogos Olímpicos o trabalho não é de dois meses, mas de alguns anos. Vou fazer o que faço há bastantes anos e não colocar muita pressão sobre mim. Estou bastante confiante”, realçou.

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Gustavo Ribeiro admitiu que não pensava ver a modalidade no programa dos Jogos Olímpicos, contudo defendeu que esta é uma “evolução” no evento e uma forma de cativar os mais novos, menos interessados “nos mesmos desportos repetitivos”.

O competidor do Pragal acredita que a sua presença em Tóquio2020 vai chamar “muitos jovens” para a sua paixão de sempre, contribuindo para desmistificá-la como um “desporto marginal“.

Por isso, desafia os mais novos a “nunca desistirem dos sonhos” e a apostarem no que realmente gostam, “independentemente do tamanho de Portugal e das oportunidades que o país encerre”, apresentando-se como o melhor exemplo do resultado dessa forma de pensar. “Se é um sonho, nunca desistam que isso aconteça”, exultou.

Assumindo o desejo de “trazer uma medalha para Portugal“, espera “fazer história” no Japão e “orgulhar” todos os que têm estado ao seu lado “e a nação”. Gustavo Ribeiro vai ser um dos estreantes da modalidade em Tóquio2020, nas provas de Rua, marcadas para o primeiro domingo dos Jogos, dia 25.