Cinco mulheres participantes do movimento Alliance Citoyenne, entraram esta quarta-feira de burkini nas piscinas municipais de Grenoble em França, levando a estas tivessem sido evacuadas. Ao mesmo tempo, cerca de 30 mulheres protestavam à porta da piscina ao bloquear a entrada, impedindo que as pessoas tivessem acesso à mesma, em protesto contra proibição em França.

Em retaliação, o presidente da câmara de Grenoble afirmou que a ativistas estariam a bloquear o acesso à piscina e foram proibidas de entrar nas mesmas durante o período de dois meses.

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O uso de burkini — fatos de banho que cobrem todo o corpo exceto o rosto — está em discussão há anos no país, desde que em 2004 a França proibiu a utilização de símbolos religiosos em escolas públicas e o uso do véu integral em locais públicos (em 2011).

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Em 2016, alguns municípios determinaram, em decretos locais, o que se podia vestir ou não na praia, proibindo assim o burkini. De acordo com os municípios, esta proibição assenta na higiene e segurança, mas também é justificada pelo facto da indumentária ir contra as leis seculares do país.

Proibição de burkini é discriminatória e viola liberdade de expressão e religião

As ativistas em questão explicaram à revista Madmoizelle como conseguiram concretizar o seu protesto: “Decidimos entrar em pequenos grupos de quatro ou cinco pessoas, de forma a que ninguém suspeitasse.” Uma das líderes do movimento ainda conseguiu nadar cerca de 30 minutos antes que a polícia se apercebesse.

As mulheres entrevistadas pela revista francesa declaram que esta proibição tem como base a islamofobia, e garantem que vão continuar a lutar “pela escolha do fato de banho: sendo este de manga comprida, curta ou até topless”.