Os números divulgados esta quinta-feira pelo ministério da Saúde de Singapura mostram que, nos últimos 28 dias, aproximadamente 44% dos casos de Covid-19 são de pessoas que completaram o esquema vacinal. Cerca de 30% das pessoas que apanharam a doença tinham tomado uma dose do imunizante e 25% não tinha sido vacinados. Contudo, há cada vez menos doentes em estado grave.

“Tem ficado provado que a vacinação ajuda a prevenir doenças graves quando alguém se infeta”, assinalou o ministério da Saúde da Singapura em comunicado citado pela Reuters, acrescentando que quem está completamente imunizado costuma ficar assintomático ou apresenta sintomas ligeiros.

Além disso, o ministério apontou que os quadros clínicos severos associados com o vírus estão a diminuir: num país de aproximadamente 5,7 milhões de habitantes, apenas oito doentes estão nas unidades de cuidados intensivos (UCI) — e nenhum deles está vacinado.

Teo Yik Ying, professor de Saúde Pública da Universidade Nacional de Singapura, destacou que “quanto mais pessoas se vacinarem, mais casos de Covid vamos ver em vacinados” e sinalizou à Reuters que este facto não quer dizer que as vacinas não sejam ineficazes, mas apenas parecem não ser tão capazes de evitar a transmissão da doença naqueles que já estão inoculados.

Singapura já vacinou quase 75% da sua população com pelo menos uma dose do imunizante contra a Covid-19 e 49% já está totalmente imunizada, de acordo com os dados partilhados pelas autoridades de saúde.

O país registou um aumento de casos nas últimas semanas, atingindo praticamente as 200 infeções diárias (um novo máximo desde o verão passado). Os especialistas ouvidos pela Reuters justificam estas subida de contágios pela transmissibilidade da variante Delta, que também é mais resistente às vacinas. Contudo, o país não regista qualquer morte desde 26 de junho. 

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