Os Açores registaram, nas últimas 24 horas, 59 casos de covid-19, 41 em São Miguel, 16 na Terceira, um no Pico e um no Faial, ultrapassando os 500 casos positivos ativos, divulgou este sábado a Autoridade de Saúde.

“O arquipélago conta presentemente com 507 casos positivos ativos, sendo 315 em São Miguel, 160 na Terceira, 13 no Pico, sete no Faial, sete nas Flores, três em São Jorge e dois na Graciosa”, descreve a Autoridade de Saúde Regional, no boletim diário.

Neste momento, estão internados 19 doentes, 12 no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada (dois deles nos Cuidados Intensivos), seis no Hospital de Santo Espírito, em Angra do Heroísmo (um em Cuidados Intensivos) e um no Hospital da Horta.

De acordo com a Autoridade de Saúde, “estão agora ativas, no arquipélago, cinco cadeias de transmissão local primária: duas no Faial, uma no Pico, uma Pico/Flores e uma São Miguel/Flores”, enquanto nas ilhas de São Miguel e da Terceira se verifica transmissão comunitária.

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“Altera-se a situação das cadeias de transmissão ativas no arquipélago, pelo facto de a ilha Terceira registar agora transmissão comunitária, anulando-se as cadeias de transmissão local primária até então existentes. Regista-se o aparecimento de uma nova cadeia no Faial e a extinção de outra, em Velas de São Jorge”, descreve.

Quanto aos diagnósticos das últimas 24 horas, na Terceira, três dos novos 16 casos “referem-se a viajantes, não residentes”.

Dois destes doentes são “provenientes de uma embarcação” e um deles foi internado no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira.

O terceiro viajante “obteve resultado positivo à chegada da ilha, na freguesia do Cabo da Praia, concelho da Praia da Vitória”.

Os restantes 13 casos referem-se ao contexto de transmissão comunitária. Assim, “no concelho de Angra do Heroísmo há 12 novos casos e no concelho da Praia da Vitória foram registados quatro novos casos”, diz a Autoridade de Saúde.

Na ilha de São Miguel, dois dos novos 41 casos correspondem a outros tantos viajantes, não residentes, com análises positivas no rastreio de 6.º dia, na freguesia de Rosto do Cão (Livramento).

“Todos os outros são em contexto de transmissão comunitária”, assegura aquela entidade.

No concelho de Ponta Delgada foram registados 18 novos casos, no da Ribeira Grande há 11 novas infeções e no da Lagoa há quatro novos casos.

“No Faial, foi diagnosticado um caso positivo, correspondente a um viajante, não residente, com análise positiva ao 6.º dia, originando uma cadeia de transmissão local primária, nas Angústias, concelho da Horta”, indica a Autoridade.

No Pico, um viajante interilhas, residente, obteve resultado positivo à chegada, no concelho da Madalena.

“Também nas últimas 24 horas foram registadas 47 recuperações”, assinala a Autoridade de Saúde.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 7.292 casos positivos de covid-19, tendo recuperado da doença 6.603 pessoas. Faleceram 35, saíram do arquipélago 85 e 62 apresentaram prova de cura anterior. Até ao presente realizaram-se 626.108 análises para despiste do vírus SARS-CoV-2, que causa doença covid-19.

Desde 31 de dezembro de 2020 e até 8 de julho, foram administradas nos Açores 250.705 doses de vacinas contra a covid-19, havendo 129.190 pessoas com, pelo menos, uma dose (53,21% da população) e 121.515 pessoas com vacinação completa (50,05%), no âmbito do Plano Regional de Vacinação.

O Governo Regional dos Açores alterou as medidas restritivas de combate à covid-19, alargando horários de funcionamento da restauração e reduzindo a proibição de circulação, mesmo nos concelhos de alto risco, revelou na sexta-feira o diretor regional da Saúde.

Em conferência de imprensa, Berto Cabral, que é também responsável máximo da Autoridade de Saúde Regional dos Açores, justificou a decisão com o avançar do processo de vacinação contra a covid-19 na região e a importância que esta altura do ano “se reveste para muitos setores de atividade económica”.

A partir das 00:00 de segunda-feira, os concelhos de Ponta Delgada e Lagoa, na ilha São Miguel, e Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira, com alto risco de transmissão de SARS-CoV-2, ficam em situação de calamidade pública.

Nos concelhos de médio-alto e de alto risco o horário de encerramento dos restaurantes passa das 22:00 para as 23:00, mas nos de alto risco os cafés têm de encerrar às 20:00.

Também a partir das 00:00 de segunda-feira, os estabelecimentos de restauração, bebidas e similares nos concelhos em baixo e muito baixo risco deixam de ter obrigatoriedade de encerramento à meia-noite.

A circulação na via pública nos concelhos de alto risco, que passa a ser entre as 00:00 e as 05:00, deixando de ser entre 23:00 e as 05:00.

Os ajuntamentos na via pública estão limitados a 10 pessoas nos concelhos de muito baixo risco, a oito nos de baixo risco, a seis nos de médio risco e a quatro nos de médio-alto risco.

Os restaurantes só podem ocupar uma lotação de três quartos nos concelhos em muito baixo risco, dois terços em baixo risco, metade em médio risco e um terço em médio-alto e alto risco.

A avaliação dos níveis de risco na região tem por base um modelo alemão, de semáforos, e é calculado em função do número de novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes num período de sete dias.

Existem cinco níveis de risco: muito baixo (menos de 25 casos por 100 mil habitantes), baixo (entre 25 e 49 casos por 100 mil habitantes), médio (entre 50 e 74 casos por 100 mil habitantes), médio alto (entre 75 e 99 casos por 100 mil habitantes) e alto (mais de 100 casos por 100 mil habitantes).

ACG (CYB) // VM

Lusa/Fim