Jeff Bezos e Sir Richard Branson, os dois bilionários que viajaram este mês para o espaço em duas viagens históricas para o turismo espacial, podem afinal não ser considerados oficialmente astronautas — pelo menos ainda. Tudo porque a agência governamental que regula a aviação civil nos Estados Unidos da América, a Federal Aviation Administration, decidiu alterar a definição que utiliza para classificar alguém como um astronauta de voos comerciais.

Até esta semana, para alguém ser considerado oficialmente um “astronauta comercial” nos Estados Unidos da América a única imposição era que viajasse até pelo menos 80 quilómetros acima da superfície da Terra. De acordo com essa anterior definição, tanto Bezos como Branson seriam considerados astronautas comerciais. Porém, a FAA decidiu mudar a definição.

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A partir da terça-feira da última semana, para se ser considerado astronauta é preciso, além de viajar até pelo menos 80 quilómetros acima da superfície da Terra, ter um historial de “atividades mostradas durante voos que sejam consideradas essenciais para a segurança pública ou que tenham contribuído para a segurança dos voos humanos para o espaço”.

A definição é razoavelmente ambígua mas, como escreve a estação britânica BBC, são os responsáveis da agência governamental que regula a aviação civil nos EUA que avaliam se este critério se cumpre ou não, em cada caso individual. Numa declaração publicada a propósito das novas regras, que não eram alteradas há 17 anos (desde 2004), a agência defende que as alterações resultam de uma exigência lógica de que a agência proteja a segurança pública durante os voos comerciais para o espaço.

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