A União Europeia (UE) condenou hoje “a instrumentalização de migrantes e refugiados pelo regime bielorrusso“, alegando que é “totalmente inaceitável” usar pessoas para “promover objetivos políticos” e prometeu avaliar hipótese de punição de contrabandistas.
O alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, anunciou, em comunicado hoje divulgado, que os Estados-membros da União vão analisar o aumento de travessias ilegais da Bielorrússia para o espaço comunitário, “para preservar a integridade da sua fronteira externa”.
Borrell prometeu ainda que a UE irá “considerar a possibilidade de medidas restritivas dirigidas contra os contrabandistas de migrantes que violam os direitos humanos ou outras pessoas envolvidas no tráfico de seres humanos”.
Em nome da UE, o alto representante disse que as organizações comunitárias continuam determinadas “a gerir eficazmente os fluxos migratórios, para proteger as fronteiras externas”, pelo que serão tomadas “as medidas necessárias em conformidade com o direito internacional”.
Borrell lembrou que a UE tem aumentado o esforço de segurança de fronteiras, através do destacamento da Frontex, a agência europeia de guardas de fronteira, e de outros mecanismos de segurança, mas prometeu “fortalecer ainda mais” as capacidades das organizações comunitárias para regular o fluxo migratório, nomeadamente “através do diálogo e parceiras com países de origem e de trânsito“.