Pedro Pablo Pichardo começou a final do triplo salto com 17,61 metros e atirou-se desde logo para o topo da classificação. No segundo ensaio, quase de fita métrica na mão, repetiu os mesmos 17,61 e manteve a confortável liderança. Até que, na terceira tentativa, chegou aos 17,98, bateu o recorde nacional que já lhe pertencia e fez a melhor marca mundial do ano. Mais do que isso, assegurou definitivamente o passaporte rumo à medalha de ouro.

O triplista português acabou por não conseguir fazer mais nenhum salto ao mesmo nível — o quarto foi nulo, abdicou do quinto e o sexto voltou a ser anulado — mas não precisou, já que nenhum dos adversários mais diretos chegou sequer a ameaçar o registo de Pichardo. Ainda assim, o atleta de 28 anos garantiu que tinha planeado chegar mais longe em Tóquio 2020.

“Quando fiz aquele salto [17,98 metros] fiquei um bocado mais tranquilo (…) Acho que não há limites. Já estou mais feliz, porque sou campeão olímpico, mas no momento desse salto não me senti muito feliz porque queria um bocado mais. Queria passar a barreira dos 18 metros e ser o primeiro português a passar essa barreira. Mas sou campeão olímpico e estou muito feliz (…) O que tínhamos planeado, eu e o meu pai, era fazer 18,40. Era essa a marca de que estávamos à espera. Mas durante o aquecimento comecei a sentir… Não uma dor, mas um toque no quadríceps e tive algum receio”, atirou, garantindo que vai “continuar a trabalhar” para bater o recorde mundial de 18,29, estabelecido desde 1995. “É isso que está na minha cabeça”, disse em declarações à RTP.

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