O governo sul-africano anunciou esta quinta-feira o acesso à vacinação contra a Covid-19 a pessoas entre os 18 e 35 anos, com vista a acelerar a imunização da população adulta mais jovem.

O executivo referiu, em comunicado, que a medida visa acelerar a inoculação no país, particularmente nas províncias que mostraram sinais de uma redução na toma das vacinas contra a Covid-19.

“Como parte do incremento do programa de vacinação, o executivo aprovou a vacinação de pessoas com idade entre 18 e 35 anos a partir de 20 de agosto de 2021″, lê-se no comunicado do governo sul-africano.

A África do Sul, com mais de 15,7 milhões de testes realizados à Covid-19, contabiliza mais de 2,6 milhões de infeções e 78.377 mortes associadas à doença pandémica, segundo as autoridades de saúde sul-africanas.

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Mais de 7,7 milhões de pessoas (19,35% da população adulta) foram até momento vacinadas no país com pelo menos uma dose contra a Covid-19, tendo 4,4 milhões de pessoas recebido a vacinação completa, segundo o governo.

A expectativa das autoridades sul-africanas era a de alcançar 300.000 inoculações diárias desde a semana passada, mas o número de doses administradas rondou cerca de 200.000 unidades.

A preocupação da população sul-africana sobre os efeitos secundários e de longo prazo das vacinas das farmacêuticas Johnson & Johnson e Pfizer — os dois fármacos disponíveis no país após a recusa da Astrazeneca — é considerada o principal fator da aparente estagnação do processo de vacinação no país.

Nesse sentido, o governo antecipou em 10 dias a vacinação do grupo de pessoas entre os 18 e 35 anos, mantendo o confinamento de nível 3 para superar a terceira vaga de Covid-19.

A África do Sul, com cerca de 60 milhões de habitantes, é o segundo país mais imunizado do continente, depois de Marrocos, apesar de o processo de vacinação contra a doença da Covid-19 se ter iniciado com atrasos significativos em julho último.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.392.364 mortes em todo o mundo, entre mais de 209,2 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.