Macau vai inaugurar em setembro um novo posto fronteiriço, com capacidade diária para 200 mil pessoas, para facilitar a circulação entre o território e a província vizinha chinesa de Guangdong, anunciaram esta segunda-feira as autoridades.

O novo posto fronteiriço Qingmao, aprovado pelo Conselho de Estado chinês, é “um projecto-chave das ‘Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau’ sobre a construção da rede de transporte rápido da Grande Baía, ligando as linhas ferroviárias interurbanas do interior da China”, de acordo com um comunicado oficial do Governo do território.

As autoridades locais sublinharam que “no futuro será elevado ainda mais o nível da interligação entre Guangdong e Macau, contribuindo para a promoção do desenvolvimento coordenado entre Guangdong, Macau e Zhuhai”, cidade chinesa adjacente ao terrirório, e criar “condições favoráveis para a integração de Macau na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o desenvolvimento sustentável”.

Na zona norte da cidade, a 800 metros de distância das Portas do Cerco, Qingmao vai funcionar 24 horas por dia, a partir de 8 de setembro, e servir “para a passagem fronteiriça automática com 100 canais de passagem de inspeção integral rápida” e mais quatro passagens de inspeção manual, sem corredores para veículos.

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O novo acesso fronteiriço Guangdong-Macau destina-se “à entrada e à saída dos residentes do interior da China, Hong Kong e Macau que usam documentos eletrónicos” para facilitar uma passagem com “rapidez e segurança”, indicou.

Em maio de 2012, Guangdong e Macau assinaram o acordo-quadro de cooperação sobre o projeto do novo acesso entre Guangdong e Macau, e, em abril de 2017, o Conselho de Estado aprovou, formalmente, o projeto. As obras principais arrancaram, no início de 2018, tendo sido concluída, em maio, a construção do edifício.

Macau tem sete postos fronteiriços com a China e a região administrativa especial de Hong Kong, sendo que o maior volume de tráfego é registado entre Gongbei, em Zhuhai, e as Portas do Cerco, na zona norte do território.

Dos 5,8 milhões de visitantes que passaram por Macau em 2020, 3,8 milhões utilizaram o posto fronteiriço das Portas do Cerco.