Foram detetados em Portugal 24 casos da nova variante do coronavírus — “Mu” (conhecida cientificamente como B.1.621), que foi identificada pela primeira vez na Colômbia, em janeiro.
Esta variante foi detetada em Portugal pela primeira vez a 31 de maio, “tendo atingido a sua maior frequência relativa (1.2%) durante a segunda semana de junho, altura a partir da qual apresentou uma frequência com tendência decrescente”, adianta o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) em resposta ao Observador.
O último caso desta variante foi detetado no final de julho, não tendo sido detetado “qualquer caso adicional desta variante entre as centenas de amostras analisadas até à data do mês de agosto”.
Tudo indica que a circulação da variante “Mu” em Portugal será “muito limitada”, acrescenta o INSA, assegurando que vai manter-se atento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já está a vigiar esta nova variante e adianta que as suas mutações mostram ter um risco de resistência a vacinas. Mas ressalva que são necessários mais estudos para perceber bem a forma como atua.
“A variante Mu tem uma constelação de mutações” que, potencialmente, podem permitir “escapar à imunidade”, salienta a organização.
A OMS decidiu classificar as variantes a seguir ou preocupantes com recurso a letras do alfabeto grego para evitar a estigmatização de um país em particular e permitir ao grande público pronunciar os nomes mais facilmente.
Atualmente, há quatro variantes que geram mais preocupação, incluindo a Alpha, presente em 193 países, e a Delta. A variante “Mu” é a quinta a merecer monitorização da OMS.
“Apesar de a prevalência mundial da variante Mu e dos casos identificados terem diminuído e serem atualmente inferiores a 0,1%, a prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, explicou a organização.