Kinder, Whiplash e Juju são as três crias de pinguins-de-magalhães que nasceram em maio, no Oceanário de Lisboa, com cerca de 90 gramas. Quatro meses depois, cresceram — já pesam quase três quilos —, apesar de ainda terem uma penugem ainda acinzentada, que contrasta com o preto e branco da maioria da espécie .
Setembro marcou o regresso das crias ao habitat do Antártico da exposição do Oceanário de Lisboa, que conta 31 pinguins-de-magalhães. Antes disso, durante oito semanas, Kinder, Whiplash e Juju estiverem a sob cuidados parentais para serem habituados à presença humana.
Diante de várias opções, a equipa veterinária do Oceanário acabou por escolher o nome “Whiplash” para um dos animais. Os outros dois nomes foram escolhidos pelos seguidos do Oceanário, que acabaram por eleger “Juju” para a fêmea e “Kinder” para o macho.
“Poder acolher mais três crias na nossa colónia de pinguins é muito gratificante e este sucesso na reprodução e integração é um bom indicador da dedicação, conhecimento e rigor das equipas, bem como das excelentes condições que o habitat do Antártico proporciona a esta espécie”, afirma em nota Hugo Batista, assistente de Curador do Oceanário de Lisboa.
O pinguim-de-Magalhães possui um estatuto de conservação quase ameaçado de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e, por esse motivo, Pedro Magalhães sublinha o papel dos aquários, uma vez que permitem “partilhar aprendizagens científicas entre instituições que todos os dias trabalham pela conservação das espécies e dos habitats“. Estes pinguins acabam, por isso, por ser “embaixadores da espécie”.
Avistada pela primeira vez há 500 anos pelo explorador português Fernão de Magalhães de que derivou o seu nome, os pinguins-de-magalhães apresentam uma esperança média de vida de 25 anos. Distinguem-se das outras espécies de pinguins pela tonalidade da penugem.