A fábrica que a Stellantis possui em Guangzhou, em regime de joint-venture com o construtor chinês GAC, vai ser encerrada. Produzindo sobretudo modelos da Jeep, vendeu apenas 12.288 unidades nos primeiros sete meses do ano, apesar de as duas linhas de montagem terem capacidade para 328.000 veículos/ano. A GAC, em declarações à Reuters, avançou que irá deslocar a sua parte da produção para a fábrica de menor volume que possui em Changsha, cuja capacidade ronda as 164 mil unidades.
O CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, admitiu que o grupo está a aprontar uma nova estratégia para a China, uma vez que esta não é a primeira fábrica que encerra neste que é considerado o maior mercado automóvel do mundo.
A nova estratégia será anunciada antes do final do ano, mas Tavares confessou que lançar a Opel no mercado local está em cima da mesa, tal como a introdução na China de um conjunto de veículos eléctricos, solução muito popular naquele país asiático.
Uma outra joint-venture da Stellantis na China, desta vez com o Dongfeng Motor Group e envolvendo as marcas francesas controladas pelo CEO português, viu-se igualmente obrigada a encerrar duas fábricas nos primeiros seis meses do ano.
Mas há outros construtores com dificuldades em adaptar os seus veículos às necessidades dos condutores chineses. É o caso da Hyundai e da joint-venture que detém com a BAIC, que venderam recentemente uma fábrica a uma startup local, a Li Auto, ou da Mazda, que terminou há pouco a parceria com a FAW.