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Os automóveis são produtos que provocam preocupações sustentáveis?

Este artigo tem mais de 2 anos

A indústria automóvel costuma estar na mira dos ambientalistas, mas é pioneira em muitos aspetos inovadores, como o desenvolvimento de novos materiais e tecnologias de propulsão híbrida e elétrica.

A sustentabilidade é um propósito cada vez mais importante para todos os setores da economia, em particular para a indústria automóvel, que está a mudar rapidamente para se adaptar à tendência “verde”. Nas últimas décadas, as boas práticas ambientais passaram a ocupar o topo da agenda dos fabricantes de automóveis em todo o mundo. A princípio, vista como apenas mais uma moda, a defesa do ambiente e a escolha de soluções ecológicas passou a estar incorporada no comportamento do consumidor no dia a dia.

A visão ambientalmente consciente chegou, de facto, a todas as áreas da economia, sendo particularmente notória no setor automóvel onde os impactos da atividade industrial, diretos e indiretos, são frequentemente percecionados como nefastos para o ambiente. Em busca de processos mais ecológicos, os construtores estão a atravessar uma fase de grandes transformações que implicam a adoção de novas metodologias para promover níveis de operação mais sustentáveis.

Reciclar, reduzir e reutilizar são palavras que fazem parte do quotidiano industrial que, no caso do setor automóvel, implica aumentar o tempo de vida útil de peças e componentes. Um caminho que passa por reduzir intervalos de manutenção, desenvolver motores eficientes e veículos mais leves para permitir maior economia de combustível, além do progresso acelerado e constante dos modelos puramente elétricos.

O fabrico de automóveis de modo sustentável, ou ecológico, implica reduzir a quantidade de resíduos produzidos ao longo do processo e mitigar os impactes ambientais, diretos e indiretos, da produção de veículos. É uma revolução em curso, desde o final do século XX, envolvendo grande capacidade de adaptação, redefinição de projetos, novos processos de fabrico e padrões operacionais mais ecológicos.

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Para as marcas, os benefícios desta abordagem são facilmente percebidos pelo mercado que revela cada vez maior avidez por produtos e soluções “verdes”, incluindo automóveis. Registam ganhos de imagem, geram mais oportunidades de negócio e, através da redução dos níveis de desperdício e da reutilização de materiais, ainda conseguem reduzir custos. Além disso, com a crescente adoção de mecanismos legais e pesadas sanções relacionadas com a poluição, as fábricas que cumprem os protocolos ambientalmente sustentáveis têm o futuro assegurado, inclusivamente em termos de atração de capital.

Leveza sustentável

Em matéria de boas práticas ambientais, a indústria automóvel tem sido mesmo pioneira no desenvolvimento de componentes e consumíveis mais ecológicos, produzidos a partir de matérias-primas reutilizáveis e com recurso a fontes de energia alternativas. Desde as tintas e vernizes aos polímeros (plásticos, borrachas e fibras) utilizados em diversos componentes, nas carroçarias, nos motores, nos estofos e alcatifas que são aplicados no interior.

Muitas marcas já conseguem uma redução significativa no consumo de combustível ou de energia elétrica, apenas pela via da redução do peso dos carros, o que configura desde sempre uma tendência constante nas linhas de produção. A maioria dos veículos nas estradas ainda é, na sua maioria, produzida com recurso a ferro, aços e outras ligas metálicas, mas o futuro passa pela utilização de materiais compósitos mais leves e fáceis de modelar.

Um exemplo prático de investimento nesta área é o Oryzite, um material renovável e sustentável que pode ser modelado, produzido a partir da casca do arroz que já está, por exemplo a ser usado em protótipos de revestimentos do SEAT Leon, substituindo componentes em plástico. Das mais de 700 milhões de toneladas de arroz colhidas no mundo, anualmente, 20% correspondem à casca, ou seja, cerca de 140 milhões de toneladas acabam por não ter aproveitamento.

Este é apenas um dos projetos de investigação em curso, baseados na promoção da economia circular, que a SEAT está a desenvolver nas suas fábricas. Pioneira no uso de materiais sustentáveis e na aplicação de protocolos ambientais, a SEAT aposta no desenvolvimento de novos materiais a partir de resíduos da indústria alimentar como uma das chaves para tornar a produção automóvel mais ecológica.

Compromisso com o ambiente

As práticas sustentáveis exigem um exame meticuloso do ciclo produtivo, identificando os principais pontos críticos, desperdícios de energia e desenvolver métodos para os anular ou tratar, tornando-os mais eficientes. Isto pode reduzir os custos operacionais e também a quantidade de resíduos que é produzida.

A pegada ambiental da SEAT foi reduzida em 43% desde 2010, registando uma queda de 65% nas emissões de CO2 geradas diretamente pela produção de automóveis. Em 2019, a empresa investiu 27 milhões de euros em iniciativas de proteção ambiental, onde se inclui o programa de gestão de resíduos que permitiu reduzir o volume em 38,5% ao longo do ano de 2020.

Com o objetivo de reduzir o impacto ambiental da fábrica de Martorell em 50% até 2025, a empresa colocou o foco na redução da produção de resíduos, ao mesmo tempo que passou a tratar de forma mais eficiente todos os que eram gerados. Através de diversas ações ao longo do ciclo de produção foi possível atingir uma redução de 58%, comparando com números de 2010, correspondendo a dois quilos de resíduos destinados a eliminação por cada veículo produzido.

O projeto SEAT al Sol envolveu a instalação de mais de 50 mil painéis solares na fábrica, cobrindo uma área de 270.000 metros quadrados – o equivalente a 40 campos de futebol. Com capacidade para gerar 15 milhões de kWh/ano, a estrutura permite reduzir o impacte ambiental desta fábrica em 7.000 toneladas de emissões de CO2 por ano.

A estrutura foi desenvolvida para fornecer energia limpa, à escala industrial, de forma tão inteligente que a instalação dos painéis solares fornece um benefício adicional na medida em que parte deles também funcionam como cobertura nos parques de estacionamento.

Desde a sua criação em meados de 2010, a SEAT já investiu 35 milhões de euros no projeto SEAT al Sol, tornando-o num dos principais compromissos ambientais da empresa. Junta-se a outras iniciativas de redução de emissões, como a construção de duas linhas férreas, em Martorell, uma das quais transporta veículos e outros componentes das instalações da Zona Franca, diretamente para o porto de Barcelona.

Estas duas linhas de 40 km reduzem o uso de camiões pesados em 50.000 viagens por ano, o que representa uma redução de emissões estimada em 2.000 toneladas de CO2/ano. Além disso, através de uma unidade de cogeração, a fábrica gera 50% da eletricidade e 90% da energia térmica que consome, economizando até 12.800 toneladas de CO2 por ano.

Futuro verde

Os carros elétricos, já se sabe, vieram para ficar e alguns analistas preveem que, nos próximos 20 anos, mais de metade de todos os veículos de passageiros em circulação serão elétricos. Apesar das preocupações atuais com os efeitos da exploração do lítio e de outras fontes de energia não-fóssil, são evidentes os benefícios ambientais ao nível das emissões de gases nocivos.
A crise climática já deixou de estar em debate. É um fato científico que todos temos de enfrentar, exigindo a adaptação de todas as indústrias do planeta. E os fabricantes de automóveis não podem ignorar as emissões de carbono e os resíduos gerados nas suas fábricas. Em vez de fechar os olhos, os analistas recomendam uma forte aposta na inovação, com recurso a tecnologias de inteligência artificial, robótica e design industrial que podem ajudar as empresas a otimizar processos e reduzir custos operacionais. A abordagem sustentável configura também uma vantagem competitiva no mercado, perante concorrentes menos progressistas, já que a procura por soluções de transporte mais ecológicas deve continuar a crescer.


A SEAT exporta, atualmente, mais de 80% dos veículos que produz e assegura presença em 77 países. A marca emprega mais de 15.000 profissionais e conta com três centros de produção: Barcelona, El Prat de Llobregat e Martorell, onde fabrica o Ibiza, o Arona e o Leon. A empresa também produz o Ateca na República Checa, o Tarraco na Alemanha, e Alhambra em Portugal e o Mii Electric, o primeiro veículo 100% elétrico da SEAT, na Eslováquia. A estas instalações juntam-se SEAT:CODE, o centro de desenvolvimento de software localizado em Barcelona, que reúne mais de 900 engenheiros cujo objetivo é ser a força motriz da inovação. A multinacional espanhola pretende investir cinco mil milhões de euros até 2025 em projetos de I&D para desenvolver veículos, especialmente para eletrificar a gama, em equipamento e instalações, prevendo atingir a neutralidade carbónica na fábrica de Martorell até 2050.

As fábricas automóveis preocupam-se mesmo em ser sustentáveis?

Este é o quinto capítulo do SEAT Proof e, como já vem sendo hábito, sondámos a opinião dos leitores do Observador sobre o tema da sustentabilidade na indústria automóvel. Desta vez, de acordo com os resultados de sondagens realizadas no Instagram, 4289 pessoas indicaram a resposta “Não”, ao passo que 931 disseram que “Sim, claro”, as fábricas de automóveis preocupam-se mesmo em ser sustentáveis. Esta publicação alcançou 66 344 visualizações e um número total de 65 475 votos.

Ilustração: Hugo Haga

Ilustração: Hugo Haga

Estes resultados tornam evidente a recetividade e consciência ambiental dos consumidores, que valorizam e reconhecem a importância da sustentabilidade no quadro das boas práticas ambientais aplicadas na indústria automóvel. Nesse sentido e em linha com o compromisso de proteção do ambiente, a SEAT desenvolve e baseia a sua atividade principal na sustentabilidade, nomeadamente na redução das emissões de CO2, na eficiência energética, bem como na reciclagem e reutilização de recursos. No âmbito da estratégia de sustentabilidade e da sua missão corporativa MOVEtoZERØ, a SEAT pretende minimizar o impacto ambiental de todos os produtos e soluções de mobilidade ao longo de todo o ciclo de vida, desde a obtenção de matérias-primas e produção, até à obsolescência.

Saiba mais sobre este projeto em https://observador.pt/seccao/observador-lab/seat-proof/

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