O presidente do PSD, Rui Rio, pediu esta terça-feira que não se aproveite a campanha para “guerras internas ou projeções pessoais“, mas sem querer nomear os destinatários desse apelo que já tinha sido feito pela Comissão Permanente.

Em declarações aos jornalistas na Mêda, Guarda, Rio foi questionado por que razão a direção sentiu necessidade de fazer um comunicado aos militantes e candidatos, esta terça-feira noticiado por alguns órgãos de comunicação social, a apelar a que evitem conjeturas ou debates internos neste período.

“Parece-me bastante elementar: se o partido está ele todo mobilizado em eleições e o mais importante para o futuro imediato do PSD são as eleições, é evidente que é de bom tom que estejamos todos unidos e não se aproveite a campanha eleitoral para guerras internas ou projeções pessoais com objetivos eminentemente pessoais“, afirmou.

“Devemos ser solidários neste momento, depois há momentos para tudo e mais alguma coisa. Agora devemos pôr acima o interesse do partido, das populações e até do respeito pelos candidatos”, disse.

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Questionado se este é um recado direcionado ou para “quem o apanhar”, Rio optou pela segunda hipótese.

“É para quem o apanhar, não vou acrescentar mais nada“, disse.

Depois de, na Mêda, ser desafiado por uma apoiante para que não desista porque “a vitória não se fez só num dia”, Rio afirmou que “de há uns meses para cá” tem ouvido isso bastante.

“Porque muitos me dizem ou escrevem, levam-me a pensar nisso, como é evidente”, afirmou.

No entanto, questionado se já tomou a decisão de se recandidatar à liderança nas próximas diretas, respondeu negativamente.

“Não tomei, nem podia tomar, porque até lá vão correr muitos aspetos, nomeadamente o resultado de 26 de setembro. Cada coisa a seu tempo”, afirmou.