O presidente do CDS-PP apelou esta sexta-feira ao voto na Chamusca e em Torres Novas, pedindo “força” para “derrotar o socialismo” nestas autárquicas, e recusou estar incomodado com Nuno Melo ou Paulo Portas por participarem na campanha.

O dia de campanha arrancou na Chamusca (distrito de Santarém), onde Francisco Rodrigues dos Santos acompanhou o candidato da coligação PSD/CDS-PP, Tiago Prestes, numa arruada.

Num município liderado pelo PS, que sucedeu à CDU em 2013, a prioridade foi pedir “força aos eleitores” e votos nesta “candidatura muito forte”.

Às poucas pessoas com que a comitiva se deparou na rua e esplanadas de cafés, o presidente do partido apresentou o candidato que dispensa apresentações, pois era conhecido de quase todos e alguns até “de ginjeira”, e distribuiu canetas e panfletos com o programa e as caras da coligação.

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“Leia as propostas e dê-nos força para virarmos a página do socialismo”, foi esta a mensagem mais repetida ao longo da manhã.

O objetivo é “sentar Tiago Prestes na cadeira do presidente” no dia 26 e “mudar a terra”, indicou.

Nos breves momentos de conversa com cada popular, Francisco Rodrigues dos Santos queria saber se as pessoas estavam bem e “de saúde” e se a “vida corre bem” e recebeu desejos de sucesso e felicidades.

Já depois de almoço, na segunda arruada do dia com o candidato a Torres Novas, Tiago Ferreira (coligação PSD/CDS), Rodrigues dos Santos foi questionado se ficava incomodado com o facto de o antigo presidente do partido, Paulo Portas, e de o eurodeputado Nuno Melo marcarem presença em ações de campanha em concelhos onde o líder não vai no período de campanha oficial.

Na quarta-feira Paulo Portas esteve ao lado de João Almeida (adversário do atual líder no último congresso), candidato à Câmara Municipal de São João da Madeira e entrou na campanha autárquica também em Vale de Cambra e Oliveira do Bairro.

Já o eurodeputado Nuno Melo marcou presença na quinta-feira em Oeiras.

“Não me incomodo rigorosamente nada, eu acho que é um sinal de vitalidade e de mobilização e unidade do partido quando todos esses protagonistas estão empenhados em que o CDS tenha um forte resultado nas eleições autárquicas”, afirmou o líder do partido.

Apontando que na campanha para as eleições autárquicas “já participaram vários ex-presidentes do partido, como é o caso de Assunção Cristas, José Ribeiro e Castro, Manuel Monteiro, Paulo Portas”, alguns consigo e outros não, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que “só o facto de o partido estar disponível para utilizar os seus melhores quadros para alavancar os resultados o CDS a nível local e ajudarem a angariar votos para o nosso partido é um sinal de grande vitalidade” e que fica “muito satisfeito que isso aconteça”.

“É importante que não estejamos todos concentrados no mesmo sítio porque há 308 municípios de Portugal e não conseguimos estar todos em todo o lado ao mesmo tempo”, acrescentou.

Na quinta-feira, o presidente centrista tinha afirmado que não tem o “dom da ubiquidade” para ir a todos os concelhos na campanha autárquica e indicou que não foi convidado para São João da Madeira, depois de questionado sobre o facto de não estar previsto que se desloque a concelhos onde são candidatos representantes da sua oposição interna.