Depois da retração provocada pela pandemia, a recuperação do mercado imobiliário português: entre janeiro e junho de 2021, foram vendidas 96.612 casas em todo o país, uma subida de 30% em relação ao mesmo período no ano passado e de 27% em relação a 2019, um ano antes da pandemia.

De acordo com o Jornal de Negócios, que esta quinta-feira dá conta dos dados, revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nunca, desde que o registo é feito, se tinham vendido mais de 90 mil casas num primeiro semestre.

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Os preços, que em 2020 também caíram, já voltaram a aumentar, com as 96.612 casas vendidas no primeiro semestre a ser transacionadas por um total de 15,5 mil milhões de euros — uma subida de 26% em relação ao primeiro semestre de 2020 e de 12% em relação ao ano anterior.

Em 2020, foram vendidas 171.800 casas, menos 5% do que em 2019. Foi a primeira vez desde 2012 que o mercado imobiliário nacional registou uma quebra nas vendas. Apesar disso, e como os preços aumentaram, o montante transacionado subiu 2%, passando os 26 mil milhões de euros.

Lisboa, onde nos primeiros seis meses de 2021 foram vendidas mais de 32 mil casas, continua a ser a zona do país com preços mais elevados — apesar de o número de imóveis transacionados corresponder a cerca de 33% do total, os valores encaixados ultrapassaram os 7 mil milhões de euros, praticamente metade do total nacional.

Já as regiões que mais cresceram foram o Alentejo, onde no primeiro semestre deste ano se venderam 6.869, por um valor total que ultrapassou os 684 milhões de euros (mais 53% e 40% respetivamente do que em igual período do ano passado); e a Madeira, com 2.040 casas vendidas por um valor total de 324 milhões de euros (subidas de 48% e 55% face a 2020).