Os primeiros encontros oficiais de qualquer temporada no basquetebol nacional são quase sempre uma incógnita. Os investimentos variam, os plantéis sofrem grandes modificações sobretudo a nível de opções estrangeiras com a chegada de jogadores que ninguém sabe ao certo o que conseguem jogar, a ideia de jogo em defesa e ataque organizado ou saídas mais rápidas está ainda a ser assimilada. Em condições normais, o Sporting partia com favoritismo na primeira prova da época em relação ao Imortal mas, pelas condições acima descritas, essa vantagem virtual poderia diluir-se. Em vários momentos, foi o que aconteceu.

Sporting vence Imortal e conquista segunda Taça de Portugal apenas em seis meses (a sétima na sua história)

Os leões são um exemplo paradigmático disso mesmo. Mantendo apenas alguns dos jogadores que foram campeões e ganharam duas Taças de Portugal (a de 2019/20 e a de 2020/21), como Travante Williams, Diogo Ventura, Micah Downs ou João Fernandes, a equipa de Luís Magalhães deixou sinais de adaptação atrasada ainda no encontro europeu que fez com os estónios do BC Kalev, que terminou com uma derrota pesada na qualificação para a Champions por 86-69. Por isso, os triunfos claros em dois dos três jogos com um Imortal reforçado este ano de pouco ou nada valiam, como aconteceu na final da Taça (83-59).

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Foi isso que aconteceu sobretudo até ao intervalo, com a formação algarvia a estar quase sempre na frente do marcador. Depois, as mais valias individuais leoninas acabaram por aparecer, virando o jogo no segundo tempo e segurando aquela que foi a primeira vitória de sempre do Sporting na competição.

Os algarvios começaram da melhor forma o encontro, surpreendendo o Sporting com uma vantagem de seis pontos logo a abrir numa fase em que tudo corria mal aos leões. No entanto, logo na resposta, a equipa lisboeta aumentou a agressividade defensiva, conseguiu situações de 2×1 que foram travando os ataques organizados adversários e passaram mesmo para a frente a meio do primeiro período (11-10) antes de ser o Imortal a terminar da melhor forma com quatro pontos de avanço (20-16). O Imortal ganhava confiança e chegou mesmo aos nove pontos de distância a dois minutos e meio do intervalo (37-28) aproveitando uma entrada em falso do Sporting com quatro minutos a abrir sem marcar que foi apenas atenuada com três triplos na ponta final de Micah Downs e Travante Williams que nivelaram a desvantagem (37-36).

O segundo tempo, e sobretudo o arranque do terceiro período, mudou as feições da partida, com a equipa verde e branca a ter um grande início a chegar a uma vantagem de nove pontos (50-41) e a chegar ao final do penúltimo quarto a ganhar por 55-51 antes de dez minutos finais com muita emoção, com as defesas a terem maior agressividade mas com a maior experiência do conjunto de Luís Magalhães a conseguir fazer a diferença para um triunfo no Pavilhão Municipal de Sines por 74-64 que ainda não assim não espelha a boa réplica que o Imortal deu na maior parte do jogo, confirmando a excelente época de 2020/21.

Antes, a equipa feminina do Benfica conseguiu a sua primeira Supertaça da história ao bater o V. Guimarães por 77-75 tendo como principal figura Raphaella Monteiro, autora de 30 pontos com mais 12 de Laura Ferreira e Marta Martins. Entre as minhotas, Kahlia Lawrence (20 pontos e nove ressaltos), Nikita Telesford (16 pontos e sete ressaltos) e Catarina Mateus (15 pontos e oito assistências) foram os destaques.