O Governo vai anunciar esta terça-feira de manhã a extinção da task force da vacinação contra a Covid-19, soube o Observador junto de fonte do processo. O planeamento dos centros de vacinação vai permanecer nas mãos de um pequeno grupo de militares, com oito a nove pessoas, mas já não será liderado pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
O fim desta equipa, responsável pelo esforço de vacinação em Portugal desde dezembro do ano passado, vai ser anunciado ao país às 9h desta terça-feira, numa visita do primeiro-ministro António Costa e da ministra da Saúde, Marta Temido, à sede da task force, no Comando Conjunto das Operações Militares.
Os membros mais alargados da equipa souberam da extinção do grupo durante este fim de semana. No encontro com o primeiro-ministro e com a ministra da Saúde, surgirão agora com as fardas militares habituais, não com os símbolos criados para a task force, que vive o último dia de trabalho na gestão da vacinação contra a Covid-19.
Mas os centros de vacinação vão mesmo continuar em funcionamento, tal como António Costa tinha assegurado na conferência de imprensa da passada quinta-feira, quando comunicou o novo alívio às medidas nacionais contra a Covid-19, que entrarão em vigor a 1 de outubro.
Uma fonte do processo explicou ao Observador que, nos centros de vacinação, vai continuar a administração de doses a quem ainda não compareceu para concluir o esquema vacinal (pessoas recuperadas ou que ainda não tomaram a segunda inoculação), para administrar a terceira dose às pessoas elegíveis para tal e para acelerar o esforço de vacinação contra a gripe neste outono e inverno.
O futuro dos centros fica em aberto a partir do fim deste ano, altura em que as autoridades de saúde tencionam já ter terminado o processo de vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe em Portugal. Portugal ainda não atingiu a cobertura vacinal de 85% e só o deverá fazer mesmo no fim de setembro (pelo que esse não será um dos tópicos abordados pelo Governo no encontro de terça-feira) e iniciou esta segunda-feira a vacinação contra a gripe.
Sobre a administração da terceira dose às pessoas elegíveis para receberem o reforço, a possibilidade de auto-agendamento não estará disponível: os utentes serão convocados por telefonema, mensagem ou carta. Quanto à vacinação contra a gripe, ela continuará a ocorrer também nos centros de saúde e nas farmácias, mas também vai ser garantida nos centros Covid-19 “em breve”.