Gonçalo Amaral admite que o alemão Christian Brueckner também fazia parte da lista da Polícia Judiciária na altura do desaparecimento de Maddie, em 2007, mas ninguém insistiu em procurá-lo.
O antigo inspetor da Polícia Judiciária, que coordenou a investigação na altura do desaparecimento da menina britânica, conta ao Correio da Manhã que bateram à porta de Brueckner — agora principal suspeito da polícia alemã —, mas ninguém abriu. Fez-se um relatório sobre a situação e nunca mais ninguém o procurou.
“Assumo que há um erro. Há vários erros, mas esse é um erro”, diz Gonçalo Amaral, que depois se justifica e aos colegas com as outras investigações que tinham em curso.
Apesar de assumir o erro de não ter investigado melhor Christian Brueckner, Gonçalo Amaral diz que as autoridades alemãs não têm provas para acusar o suspeito. O antigo inspetor acredita que se houvesse provas, já teria sido julgado e condenado. E acrescenta que ainda nem sequer se provou que Maddie McCann tenha sido raptada naquela noite de maio de 2007.
Gonçalo Amaral tem um novo livro “Maddie: Basta de Mentiras”, da editora Contraponto, onde fala da investigação feita ao longo dos últimos 14 anos e que acusa de estar no mesmo ponto que em 2007. O livro está disponível a partir de 14 de outubro.