O cantor Dino D’Santiago, de ascendência cabo-verdiana, agradeceu esta quarta-feira ter sido incluído na lista global de Afrodescendentes Mais Influentes de 2021, num conjunto de pessoas que incluem também a ministra da justiça, Francisca Van Dunem.

Estar entre os 100 Afrodescendentes mais influentes no mundo, numa lista que conta com nomes que muito me inspiram nesta caminhada é por si só algo que guardo com um profundo orgulho e celebro com os meus!”, disse o artista à Lusa.

A Lista Global de Afrodescendentes Mais Influentes de 2021 (MIPAD, na sigla em inglês) surge na sequência da “Década Internacional dos Povos de Ascendência Africana”, proclamada pela resolução 68/237 da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre entre 2015 e 2024.

Durante este período são publicadas, anualmente, listas das pessoas com mais influência em diversos setores públicos ou privados, que podem ir da cultura à política. A ministra da justiça, Francisca Van Dunem, foi selecionada para a categoria honrosa de “Life Achievement” (realização de vida), no setor da Justiça. Também Barack Obama foi eleito nesta categoria, mas no setor de Desenvolvimento.

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Na lista também constam outros nomes do mundo lusófono em diversas áreas, como a brasileira Erika Hilton e angolana Fernanda Renée Samuel, em Políticos e Governantes (com menos de 40 anos); Christiane Silva Pinto (Brasil) em Negócios e Empreendedorismo; Ad Júnior (Brasil), Cláudia Alves (Brasil), Dino D’Santiago (Portugal) e Gil Nogueira (Brasil) em Media e Cultura; Edu Lira (Brasil), Mário Lopes (São Tomé e Príncipe), Matheus Steita (Angola) e Viviane Ferreira (Brasil) no setor de Ativismo Humanitário e Religioso; o casal Lazaro Ramos e Tais Araujo (Brasil) em TV e filmes; Margareth Menezes (Brasil) em Música e Luciana Barreto (Brasil) nos Media.

Dino D’Santiago disse à agência Lusa que esta “distinção da MIPAD, naturalmente por ser uma plataforma com um network muito forte entre a diáspora africana espalhada pelo mundo, acaba por estreitar possíveis futuros contactos“, confiando que “estrutura de ‘management’, editora e agência saberão fazer as melhores pontes”.

Fiquei a saber que o Brasil é o país com mais afrodescendentes no mundo. Curiosidade que reforça a minha intenção de passar mais tempo do outro lado do Atlântico para estreitar os laços entre a comunidade PALOP e a afro-brasileira”, concluiu o artista.

Na sua página de Instagram, Dino D’Santiago considerou que “é uma honra elevar mais uma vez as bandeiras de Cabo Verde e Portugal“.

Já o ativista são-tomense Mário Lopes reagiu à eleição na sua página de Facebook: “Vim do zero, quem acompanha minha jornada saberá os detalhes, até ter o nome registado em uma iniciativa apoiado por Nações Unidas , e na mesma edição em que está Barack Obama, e pessoas que admiro e sigo de perto o seu ativismo e profisionalismo como Matheus Steita e Fernanda Renée torna tudo imensamente especial”, escreveu.

Também Matheus Steita reagiu na sua página de Facebook dizendo que “ninguém vence na vida por ser apenas talentoso ou inteligente”, sendo que é precisa a união entre as pessoas.   A jornalista da CNN Luciana Barreto disse, na sua página de Facebook, estar honrada com o prémio

Houve ainda espaço para menções honrosas do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos a Emerson Caetano, Livia Dimas, Clara Marinho Pereira.

Segundo a MIPAD “são escolhidas 100 pessoas entre 80 países com base na sua influência política, perspicácia empresarial, acompanhamento dos ‘media’ sociais ou o seu esforço humanitário” que contribuam com avanços significativos no mundo.