O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) integra um projeto que, incluindo mais de 3.000 alunos de quatro países europeus, visa preparar a comunidade escolar para os desafios da saúde pública.
Em comunicado, o instituto do Porto revela esta quarta-feira que o projeto europeu, intitulado PAFSE e liderado pela Escola Nacional de Saúde Pública, visa preparar a comunidade escolar para os desafios da saúde pública, desenvolvendo esforços para “enriquecer a educação nas áreas curriculares STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática)“.
O projeto, que envolve mais de 3.000 alunos de quatro países europeus (Portugal, Grécia, Chipre e Polónia), vai, numa primeira fase, focar toda a comunidade escolar na preparação para “reduzir o risco de doenças transmissíveis e epidemias”, estando também previsto que se estenda a outros problemas como a obesidade infantil, o cancro, diabetes, acidentes rodoviários ou as iniquidades em saúde.
“A atual pandemia da Covid-19 teve impactos significativos na sociedade e colocou o tema da saúde pública na ordem do dia, a nível global. A preocupação com a propagação de doenças infeciosas e zoonoses, ou seja, doenças transmitidas entre animais e seres humanos, são atualmente temas abordados não apenas pela comunidade científica, mas também pela população em geral”, salienta o INESC TEC.
Financiado em 1.46 milhões de euros pelo programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia, o projeto, que conta com o apoio da Direção Geral de Educação e da Direção Geral de Saúde, junta escolas, universidades, centros de investigação, laboratórios, empresas, associações e representantes da sociedade civil, envolvendo-os nos “esforços para enriquecer a educação em saúde pública“.
Para que os objetivos do projeto sejam alcançados, os membros do consórcio vão estabelecer parcerias com vista à ativação de aprendizagens ao nível do 3.º ciclo de escolaridade que promovam a literacia em saúde nas aulas de ciência, física, química, matemática e tecnologias da informação.
“O projeto prevê também atividades nos clubes de ciência e ambientes da comunidade, com o apoio dos parceiros, recorrendo-se a ambientes de aprendizagem inovadores para, por um lado, despertar o interesse e a curiosidade nos jovens pelos currículos e profissões nas áreas STEM e, por outro, torná-los embaixadores da saúde pública nos seus ambientes de vida”, acrescenta o instituto.
O PAFSE, que arrancou em setembro e beneficiará mais de 1.000 escolas à escala europeia, envolve investigadores da Universidade NOVA de Lisboa, da Escola Nacional de Saúde Pública, do INESC TEC, da Universidade do Minho, do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e Prevenção Rodoviária Portuguesa.
Além dos parceiros portugueses, o projeto, que decorre até 2024, conta com o Instituouto Technologias Ypologistonkai Ekdoseon Diofantos (Grécia), Panepitismio Ioannion (Grécia), University of Cyprus (Chipre) e Uniwersytet Im. Adama Mickiewicza W Poznaniu (Polónia).