Num dos bairros residenciais menos movimentados de São Francisco e numa rua sem saída, apenas circulam os carros dos moradores. Mas, ultimamente, de acordo com as queixas dos habitantes da zona, são visitados diariamente por mais de 50 Jaguar I-Pace ao serviço da Waymo, a divisão da condução autónoma da Google, que aparentemente “enlouqueceram”. Pelo menos, é esta a opinião de alguns dos moradores.

A Waymo continua a desenvolver o seu sistema de veículos capazes de circular sem recurso ao condutor e, ao que tudo indica, é a empresa mais avançada neste domínio. Certo é que uma das que mais investe nesta tecnologia e há mais tempo, recorrendo ainda ao sistema mais sofisticado do mercado, com inúmeros LiDAR, além de múltiplas câmaras e sensores.

A ambição da Waymo é conceber um sistema de condução sem condutor tão eficaz que o possa vender, chave na mão, a qualquer construtor que necessite de um sistema de condução autónoma para satisfazer os seus clientes e não o tenha desenvolvido internamente. E este poderá ser a “peça” mais cara dos automóveis dentro de dois a cinco anos, ocupando o lugar que hoje pertence às baterias.

A “invasão” dos Jaguar da Waymo num beco de São Francisco já chamou a atenção de uma estação televisiva, como pode ver abaixo, que contactou a Waymo na esperança de lhe ser dada uma explicação para o fenómeno. Apenas para receber uma resposta polida, mas vazia de senso, basicamente agradecendo a reacção dos moradores, que assim alertaram para o óbvio erro do sistema. Isto como se os condutores e funcionários da Waymo que vão a bordo dos I-Pace, sempre prontos a intervir caso um acidente esteja iminente, não tivessem já reportado o que acontece naquela pequena rua próximo do cruzamento entre a 15th Avenue e a Lake Street.

Sem se saber os motivos que levam o software da Waymo a não reconhecer uma pequena rua sem saída, depois de lá passarem 50 carros dos seus por dia, mapeando tudo por onde passam, não deixa de ser preocupante que aquele que é apontado como o sistema mais sofisticado de condução autónoma (ainda) cometa este tipo de erros.

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