(em atualização)

Três suspeitos foram detidos esta quinta-feira após a morte de um jovem na estação de metro das Laranjeiras, em Lisboa, informa a Polícia Judiciária em comunicado enviado às redações. Na nota, a PJ esclarece que “procedeu à cabal identificação, localização e detenção fora de flagrante delito de três suspeitos da prática de um crime de homicídio qualificado, ocorrido, no dia de ontem, na cidade de Lisboa”.

“Os arguidos serão presentes, amanhã, a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Instrução de Lisboa, visando a aplicação de medidas de coação julgadas adequadas à gravidade do caso”, esclarece ainda a PJ. Os detidos estão “fortemente indiciados” pela prática de um crime de homicídio qualificado, roubo e detenção de arma proibida.

Segundo a TVI, que começou por noticiar a detenção de dois suspeitos, estes serão jovens do bairro do Casal da Mira, na Amadora. A vítima mortal vivia na Cova da Moura. Em causa terá estado um ajuste de contas entre grupos rivais.

Um jovem com menos de 20 anos, de origem cabo-verdiana, foi assassinado na quarta-feira na estação de metro das Laranjeiras, em Lisboa, após ser esfaqueado por dois homens na zona do pescoço, disse à Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP). Segundo fonte policial ao Observador, os agressores eram seus conhecidos e as imagens de videovigilância no local serão fundamentais para resolver o caso.

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“Foi uma ocorrência por volta das 13h17, um jovem foi agredido com arma branca, vindo a falecer na estação das Laranjeiras”, referiu a PSP, que inicialmente tinha informado que era um jovem entre os “18 e os 20 anos”. No entanto, familiares da vítima vieram desmentir esse dado, dizendo à SIC que se tratava de um estudante que era menor de idade. Não é ainda claro qual a idade concreta da vítima.

De acordo com a polícia, os suspeitos do homicídio são dois homens, das mesmas idades da vítima. Para já, apurou o Observador, sabe-se que agressores e vítimas se conheciam, mas desconhecem-se os motivos que levaram aos confrontos e à agressão no interior da estação do Metropolitano de Lisboa.

O crime levou a PSP ao local, que tomou conta das primeiras diligências até à chegada da Polícia Judiciária, responsável pela investigação deste tipo de crime. Durante o período de recolha de indícios e de espera do delegado de saúde, “o metro não foi interrompido, simplesmente não está a parar na estação das Laranjeiras”, indicou a PSP. Por volta das 17h45, a circulação na paragem foi restabelecida, de acordo com informações disponibilizadas pelo site do Metro.

Os dois homens suspeitos do homicídio consumado “fugiram após as agressões”, referiu a PSP. Ao que o Observador apurou, as diligências estão agora a cargo da Polícia Judiciária que terá recorrido às imagens captadas pelo sistema de videovigilância para conseguir chegar à identificação dos dois suspeitos.

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Em declarações à agência Lusa, fonte do Metropolitano de Lisboa confirmou o incidente e que o metro da Linha Azul (Santa Apolónia — Reboleira) circulou sem parar na estação das Laranjeiras, desde as 13h24 até por volta das 17h45, “por motivos alheios ao Metropolitano”.

“Ninguém pode entrar nem sair, os comboios passam e não param”, disse fonte do Metropolitano, pelas 14h45, explicando que a estação das Laranjeiras foi evacuada após o crime de homicídio e esteve fechada até a situação ficar resolvida.

O Metropolitano de Lisboa já se mostrou disponível para ceder as imagens de videovigilância às entidades competentes pela investigação do homicídio.