A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira novas medidas para reduzir ou eliminar emissões de produtos poluentes orgânicos persistentes (POP) provenientes de resíduos, propondo novos limites para alguns químicos mais nocivos, ainda presentes em têxteis impermeáveis, mobiliário, plásticos e equipamentos.
A Comissão Europeia adotou hoje uma proposta para proteger a saúde humana e o ambiente de alguns dos produtos químicos mais nocivos presentes nos resíduos, os denominados POP”, visando reforçar “os limites aplicáveis a estes produtos químicos presentes nos resíduos para os impedir de voltar a entrar na economia”, anunciou o executivo comunitário em nota de imprensa.
Em concreto, Bruxelas propôs “limites rigorosos” para três substâncias ou grupos de substâncias presentes nos resíduos: ácido perfluoro-octanoico e os seus sais e compostos (presentes em têxteis impermeáveis e espumas), dicofol (pesticida anteriormente utilizado na agricultura) e pentaclorofenol e os seus sais e ésteres (presentes na madeira e têxteis tratados).
Além disso, a instituição sugeriu que sejam reforçados os limites máximos nos resíduos para outras cinco substâncias ou grupos de substâncias já regulamentadas.
Os POP são produtos químicos com propriedades tóxicas que permanecem no ambiente, acumulando-se nas cadeias alimentares e podendo prejudicar a saúde humana e o ambiente.
Com a proposta apresentada esta quinta-feira — para alterar o regulamento europeu sobre esta matéria –, Bruxelas pretende “eliminar ou minimizar as emissões de POP provenientes de resíduos”, segundo a informação à imprensa.
“Embora, regra geral, os POP já não sejam utilizados em novos produtos, ainda podem estar presentes em resíduos provenientes de alguns produtos de consumo, como têxteis impermeáveis, mobiliário, plásticos e equipamento eletrónico”, explica ainda a Comissão Europeia.