A Comissão Permanente Nacional do PSD, o núcleo duro da direção de Rui Rio, enviou uma nota aos militantes do partido a pedir que refletissem sobre a necessidade de adiar as eleições diretas no partido.

Na nota, a que o Observador teve acesso, a direção social-democrata argumenta que realizar eleições internas agora seria “totalmente desajustado” face às “circunstâncias que o país está a viver” e aos “objetivos que o PSD deve prosseguir”.

“Os portugueses esperam do PSD uma alternativa clara e credível ao PS. Não esperam um PSD virado para uma disputa interna, enquanto o PS e o Governo vão fazendo livremente a sua campanha, aproveitando as nossas divisões eleitorais”, pode ler-se na mesma nota.

“Em nome do interesse nacional e do nosso próprio partido, temos de estar unidos e totalmente focados no combate com os nossos verdadeiros adversários.”

“Na qualidade de primeiros responsáveis pela condução política do partido, sentimos a obrigação de lhe enviar esta reflexão para que possa pensar sobre este importantíssimo momento que o país e o PSD estão a viver”, remata a direção do PSD.

O Conselho Nacional extraordinário do PSD está agendado para 6 de novembro, em Aveiro. O único ponto na ordem de trabalhos é a “análise da situação política decorrente da não aprovação do Orçamento do Estado para 2022 e da previsível dissolução da Assembleia da República”.

Será assim discutida a antecipação do Congresso do PSD para dezembro proposta por Paulo Rangel. Resta saber se, tal como fez no último Conselho Nacional do partido, Rui Rio vai ou não propor formalmente o adiamento das eleições diretas no PSD para depois das legislativas.

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